sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fim do Brasil: 2012 (Será?)

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Essa saiu no Radar Político, blog-section do Estado de São Paulo. Sinceramente, quem criou esse vídeo merece palmas pela imaginação... [ironia mode ON]

Um blog ligado a Serra teria postado um vídeo "apocalíptico" sobre o que aconteceria ao Brasil, caso Dilma fosse eleita. A criatividade do roteiro é imensa, onde se vê um Brasil voltando a tempos negros de ditadura, de invasões e fechamentos de jornais; há espaço também para economia arrasada, para uma reunião de políticos comparada a "Diretas Já!", e claro, para criaturas como Alckmin e Serra virando heróis nacionais. Até um São Paulo esmigalhado e humilhado por Dilma tem vez nesse vídeo! Na boa: se quem fez isso teve a intenção de ser levado a sério, merece um belíssimo chute no traseiro.
Pelo menos, ficamos com um registro curioso da inventividade brasileira...


Para ler a matéria completa, clique aqui.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Falsas Promessas (ou Porque não voto em Serra)

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Salário de R$600
A coisa mais canalha que ele podia prometer. Para quem se diz economista, Serra alimenta uma ilusão das grandes no eleitor menos crítico. Se todos os anos, inclusive (e especialmente) durante o período FHC, cada aumento salarial era, literalmente, custoso de ser conquistado, a quem Serra quer enganar com um aumento de R$90, já para o ano que vem? É irreal, tremendamente irreal. Ele afirma que é possível. Só se ele tem os dados dos empresários podres de ricos que já planejam um bom número de demissões - ou a jogada muito esperta de negociar uma baixa no salário do funcionário para que ele aceite continuar empregado. Aquela coisa de "Só posso pagar tanto. Ou isso ou desemprego, que prefere?". E não adianta dizer que isso é uma absurdo, uma mentira. Esse tipo de coisa já acontece desde muito antes de Lula e FHC.

Aumento de 10% para aposentados
Bacana, muito bacana. Se ele não prometesse isso junto com o salário de R$600. Acho que Serra deve ser muito ruim de matemática. Senão, perceberia que todos esses acréscimos financeiros combinados empurrarão o país para uma situação de esvaziamento de divisas. Mas claro, sempre tem uma privatizaçãozinha guardada na manga...

Guarda nacional de fronteira
Sinceramente, o Brasil não consegue combater o crime dentro das cidades. Quem Serra acredita ser para conseguir "fechar" de vez as fronteiras imensas e inóspitas do país? Não conseguimos sequer controlar a  muamba que entra pela fronteira com o Paraguai! O máximo que vai acontecer vai ser um desvio monstruoso de $$ de educação, saúde e outras áreas para criar essa Tropa de Elite da Amazônia, que diferentemente do filme, não vai funcionar. Gênio, Serra, gênio.

Governo acima dos partidos
HIPOCRISIA DO CACETE! Em nenhum governo democrático se faz política sem partidos! A primeira decisão de Serra, caso eleito (e Deus nos livre disso!), será para que partidos vai distribuir os ministérios. Na mão de quem ele vai deixar os "sub-poderes" da nação. E a lama já correrá solta antes mesmo de 1º de janeiro... Qualé, Serra? Pra cima de mim?

Dois professores em sala de aula
Engraçado que esse projeto é mostrado no guia como algo bem sucedido que vem sendo desenvolvido há séculos em São Paulo. Se fosse verdade, não acha que já teríamos ouvido falar ainda na campanha do 1º turno, ou beeem antes? Mas nosso sensível candidato aposta que dois professores em sala de aula vai revolucionar o ensino. Balela. Dois professores significa o dobro da folha de pagamento, o que significa mais custo. Some isso a conta (salário de R$600 + 10% de aumento para os aposentados) e o que vemos é um mega rombo na receita. Mais uma vez, o que provavelmente vai acontecer serão demissões, queda salarial... e um ensino piorado por profissionais insatisfeitos. Outra bola fora do careca...

Posicionamento sobre aborto
Neste ponto, ambos os candidatos merecem puxão de orelha - ou bolinha de papel. Ambos são favoráveis ao aborto mas, por conta de uma campanha fiadaputa suja e medieval, onde a religião entrou fudendo pra valer na pauta, Dilma e Serra se viram obrigados a assumir uma postura puritana e descabida, totalmente desalinhada com a realidade. Aborto já virou questão de saúde pública faz tempo, meus caros.

Passado esquecido...
Por falar em promessas eleitorais, o povo deve estar esquecido de que, nos primórdios da campanha, Serra falou em privatização das estradas brasileiras, uma ampliação em escala nacional da grande fuleragem obra que ele fez em São Paulo. Os marketeiros dele, desesperados, trataram logo de avisar que ele "esquecesse" ter mencionado isso algum dia, por medo de que Serra já afundasse sua campanha antes mesmo de zarpar. Mas será que ele esqueceu mesmo? Será que, se eleito, ele não vai "ressuscitar" essa ideia? Ai, ai, sei não viu...

Paulo Preto
Não estou muito inteirado a respeito do escândalo Paulo Preto. O pouco que sei se constitui no seguinte: o cara estaria sendo acusado de sumir com o $$ da campanha tucana - 4 milhões, se não estou enganado - e, quando começou a ser pressionado, ameaçou soltar o verbo contra Serra e seus companheiros. Serra, que num dia dizia não conhecer Paulo Preto, no seguinte já o elogiava abertamente. Comofaz?


Enfim, acho que já são razões suficientes para não votar no careca...


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Para ler depois de ouvir. E vice-versa.

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Fruto de trabalhos na academia, alunos da UFPE apresentam inédita coletânea de críticas musicais.



Desafiando ninguém menos que o músico Frank Zappa – que descreveu jornalismo musical como atividade de quem não sabe escrever -, estudantes de Jornalismo, Rádio/TV e Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançaram Coletânea de Crítica Musical no último dia 6, na Livraria Saraiva do Shopping Center Recife. O livro traz críticas de CDs, DVDs e livros relacionados à música lançados em 2009 e é resultado de disciplina ministrada pelo mestrando em Comunicação Carlos Eduardo Amaral, organizador da obra. O prefácio é do especialista em musicologia, Felipe Trotta, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFPE.

Há música para todos os gostos, do rock escocês de Franz Ferdinand, passando pela MPB, Indie e Heavy Metal, ao som de pratas da casa como Otto, Alessandra Leão e Isaar, inclusive, sem ignorar a produção clássica de nomes como Fred Andrade e Márcio Montarroyos. Com 17 textos principais, o livro suscita, ainda, reflexão acerca de compartilhamento de arquivos, criação coletiva e propriedade intelectual ao debruçar, por exemplo, sobre ThruYou – álbum lançado no YouTube a partir do som de vídeos produzido por pessoas de vários lugares do mundo.

Além de discorrer sobre os lançamentos, os estudantes fizeram um registro acerca dos cânones da música pernambucana, tanto artistas quanto canções. Assim, resgataram nomes como Ave Sangria que foi considerado um nome bastante expressivo para a cultura musical pernambucana, apesar de ter gravado um único disco e há 35 anos. Coletânea de Crítica Musical serve também como guia para professores dispostos a adentrar no universo da crítica cultural, já que Carlos Eduardo Amaral, além de disponibilizar a bibliografia utilizada nas aulas, conta toda a trajetória, metodologia e concepção da disciplina.

Serviço
Coletânea de Crítica Musical – Alunos da UFPE
Onde encontrar: livrarias Saraiva (Shopping Recife), Cultura, Imperatriz, Jaqueira e Nossa Livraria.
Preço: R$ 20

Mais informações:
http://criticamusicalufpe.wordpress.com
Carlos Eduardo Amaral (idealizador) – (81) 8831.9700


Da assessoria, com poucas alterações.
Release original: Gabriela Bezerra.

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Para os amigos, só mais um recado: eu participo desta coletânea, com quatro textos, e estou com alguns exemplares do livro para venda, disponibilizados pelo organizador. Para os meus chegados que estiverem com preguiça (ou sem tempo mesmo) para ir a um dos pontos de venda, basta me procurar por telefone, Orkut, Twitter ou e-mail, beleza? Assim, não tem desculpa por não comprar! :D
(quem estiver sem meus contatos, basta deixar recado aqui no blog e damos um jeito, ok?)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ah, nos tempos de Serra...

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Nova atração do Noites do Terror do Playcenter
Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. Os alimentos estão baratos demais! O salário dos pobres aumentou e agora qualquer um se mete a comprar carne, queijo, presunto e iogurte.

Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, toda a gentalha vai para a noite. Enjoei da demagogia.

Cansei de ir ao shopping e ver a ralé comprando e desfilando com seus celulares. O Governo reduziu os impostos dos computadores. A internet virou coisa de todos. Pode? Até filho de manicure, pedreiro, catador de papel agora navega...

Cansei dos estacionamentos sem vagas. Com essa redução de IPI todo mundo tem carro, até minha empregada. "É uma vergonha!", como diz Boris Casoy. Com José Serra os congestionamentos vão acabar, porque seguindo o exemplo de São Paulo, vão ser instalados postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km, cobrando preços caros.

Cansei da moda banalizada. As confecções pululam. Tem até crédito oferecido pelo Governo. O que era exclusivo de Oscar Freire, agora se vende no camelô da 25 de Março. Vergonha, mais vergonha.

Cansei de ir em bancos e ver aquela fila de idosos nos caixas preferenciais. Cansei do biodiesel, da agricultura familiar. O caseiro do meu sítio até virou "empreendedor" no Nordeste.

Cansei dessa ideia assintencialista de Bolsa-Família. Tal dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida de empresários das comunicações. A coitada da Revista Veja passando dificuldades e o Governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim do mundo!

Cansei do ProUni que colocou esses tipinhos sem berço nas universidades. Já tem índio que é médico ou advogado. É um desrespeito para meus filhos, bem criados, precisarem conviver e competir com essa raça.

Cansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus agora vão assistir TV até tarde. E logicamente vão despertar ao meio-dia. Quem vai cuidar da lavoura no Brasil? Diga aí, seu Lula!

Cansei das facilidades para construção e compra de casas próprias. Segundo pesquisa do IBGE, 73% da população hoje tem casa própria. E os coitados que vivem de cobrar alugueis? O que será deles?

Cansei da desvalorização do dólar, porque com isso qualquer um pode comprar seu MP3, celular e câmera digital. Férias no exterior não são mais luxo de alguns poucos.

Cansei mesmo, por isso vou votar em Serra, pois quero de volta as emoções fortes da era de FHC, investir na moeda americana em disparada e aproveitar a inflação, rendendo com as ações estatais quase gratuitas. Cansei dessa baboseira politicamente correta, da hipocrisia da cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco. Quem pode, pode. Quem não pode se sacode.

Tenho culpa se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro em cima dos menos favorecidos? Eles que vão trabalhar, essa corja de vagabundos, porque no capitalismo vence quem têm mais competência ou oportunidades. E a única forma de mostrar quem é superior, de organizar a sociedade é votando em José Serra. Antes ia anular meu voto, mas agora cansei. Quero ver a gentalha no lugar que lhe é devido, quero minha felicidade de volta!

"Pede pra sair, Lula! Ha!" - #capnascimentofeelings

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Copiado - e levemente editado - do Caio em Coluna.

domingo, 17 de outubro de 2010

Noite para matar a saudade

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Hermaníacos lotaram o pavilhão do Centro de Convenções (Recife), sexta, para ver o show da mini turnê dos barbudos mais queridos do rock nacional.

Foto: Rodrigo Lins/PE 360 graus

15 de outubro de 2010. Noite mais que esperada pelos fãs da banda Los Hermanos. Depois de 3 anos parados*, a expectativa era de uma noite grandiosa, de muita emoção. E foi exatamente o que se viu. A multidão invadiu o Centro de Convenções de Pernambuco, as filas já eram imensas bem antes da abertura dos portões. Nada espantoso, no entanto, se considerarmos as filas igualmente imensas nos dias em que começaram as vendas dos ingressos: uma procura massiva, cercada de boatos como gente acampando na frente da bilheteria ou ingressos esgotados em pouco mais de duas horas.**

Os fãs tiveram sua paciência testada na noite de sexta. A entrada só foi liberada às 21h, com muita desorganização. Lá dentro, comidas e bebidas  estavam caras (uma simples garrafa de 350 ml de água estava custando R$3!). O calor começou a causar transtorno a medida que o pavilhão enchia. Teve gente passando mal antes mesmo do show. A apresentação estava marcada para a 0h, o que gerou irritação em muita gente - especialmente em quem não estava sabendo disso. Passar três horas em pé, com um DJ tocando coisas que nem combinavam com o público é de doer. Além, claro, da falta de noção/educação de alguns que insistiam em avançar no meio da galera, tentando chegar mais e mais perto do palco. Esqueceram a lei da física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço...


Irritações à parte, quando Camelo, Amarante, Medina e Barba subiram ao palco, foi o êxtase. Gritos incessantes da multidão, esperando pelos mantras sagrados das canções do quarteto. A histeria coletiva foi tão forte que em alguns momentos ficava difícil ver ou ouvir o show, graças ao canto berrado e/ou os braços erguidos do público... [Coitado de quem é baixinho e foi pra esse show!]
Tocou-se o cânone dos Hermanos. Horizonte Distante, O Vencedor, Conversa de Botas Batidas e Último Romance são apenas alguns dos inúmeros hits tocados na noite. O setlist foi concentrado nos CDs Ventura e 4, os dois últimos lançados pela banda. Nada do (já algo velho) primeiro CD, exceto no bis, quando rolou a imploradíssima Pierrot, introduzida por um trecho do Vassourinhas, já uma tradição da banda quando toca por aqui. 

Durante todo o show, gritos, lágrimas, emoção à flor da pele. Nada de novo, como disse Hugo Montarroyos do Recife Rock. Mas há de se convir: quem estava lá não esperava nada de novo. Queria ver mais do mesmo e soltar a garganta, matar a saudade que tanto castigava e que não aguentava mais ser acalmada à base de bandas cover - apesar de Esquadros e Los Hermanos Cover conseguirem performances respeitáveis. E além do mais, o show valeu muito por matar a saudade de algumas músicas que andavam "esquecidas" das covers.


Apesar de fã, admito que o show teve seus defeitos, como três quedas no som bem no meio das músicas, além de outros já mencionados. Mas fazer o que? Rever os Hermanos no palco compensou essas picuinhas. Agora, é esperar [de preferência, não muito] por um retorno de verdade dos caras, com CD novo e tudo. E aí, já começaram a reza, Hermaníacos?


*Desconsiderando-se a apresentação no show de abertura para o Radiohead, em 2009
**Sobre os boatos, alguns chegaram à imprensa, como o de pessoas acampando no dia anterior para garantir ingresso. Outros, correram livremente pela internet, como o dos ingressos esgotados.
***A carência de fotos deve ser compensada se eu conseguir imagens com a galera na internet...




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Recuperado da canseira infernal que se abateu sobre mim pós-show.


Ah, e antes de fechar este post, uma denúncia: os taxistas estavam puro desrespeito na saída do show. Muitos passavam direto, ignorando todos os pedidos de parada, por mais desesperados que fossem - e não era por que estavam com clientes fechados via teletáxi. E alguns seguem praticando uma tática no mínimo criminosa: só aceitam corridas para o destino mais distante possível. Chegamos a presenciar o absurdo de um taxista se negando a levar um rapaz para Boa Viagem - corrida essa que lhe renderia uma boa grana, com certeza! O taxista queria o que? Que alguém chegasse dizendo "moço, o senhor me leva ali em Maceió"? Putz! Muitos taxistas estavam pegando passageiros na esquina da entrada de Campo Grande, pouco antes da Nordeste Segurança de Valores.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vale queixa no Procon?

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O deputado federal Edgar Moury (PMDB-PE) foi notícia, hoje, ao reclamar de uma "traição" do eleito deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PTB-PE). Razão? Clodoaldo teria-lhe prometido quase 15 mil votos, tendo "repassado" apenas 3 mil (estimativa de Moury).

Como se voto fosse mercadoria de troca, sabe?

Abaixo, segue a matéria completa, na Folha de Pernambuco:

“Fui traído miseravelmente por Clodoaldo Magalhães”
Deputado Edgar Moury diz que não recebeu votos prometidos
MANOEL GUIMARÃES Do Blog da Folha
As urnas não favoreceram a reeleição do deputado federal Edgar Moury Fernandes (PMDB). Com 56.845 votos (1,29% do total), o outrora aliado do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) esperava repetir os números de quatro anos atrás, quando foi votado por mais de 80 mil eleitores. Com exclusividade, o peemedebista fez um balanço das razões que podem ter lhe tirado o mandato, e apontou um responsável: o deputado estadual reeleito Clodoaldo Magalhães (PTB). “Eu, entre outras coisas, fui traído miseravelmente pelo deputado Clodoaldo Magalhães, que tem se tornado um traidor costumeiro. Tive o conhecimento de que ele também traiu o deputado federal Wolney Queiroz (PDT) nessa eleição. Prometeu a ele em torno de 12 mil votos, e ele só ganhou 1.500”, acusou Moury. Procurado pelo Blog da Folha, Wolney não quis se pronunciar sobre o assunto.
A traição a que o peemedebista se refere diz respeito à votação na Mata Sul. Moury mostrou uma planilha com a letra de Clodoaldo Magalhães, relacionando os votos que ofereceria em 20 municípios, “Ele prometeu 14.850 votos para mim, e repassou três mil, se muito. Por aí se tira. E ele se elegeu bem (foi o oitavo colocado, com quase 62 mil votos), mas eu não. Fui traído miseravelmente por Clodoaldo. Ele só disputou duas eleições, ainda é muito novo para esse tipo de comportamento. Lamento que tenha essa postura”, criticou Moury.

O peemedebista relatou que já havia sido advertido por um deputado federal reeleito sobre a parceria com Clodoaldo, em dezembro do ano passado, mas acabou ignorando o comentário. “Pensei que seria um desentendimento entre parceiros de eleição. Clodoaldo chegou ao ponto de pegar cavaletes meus em Catende para colocar no meu trajeto para eu pensar que estava tudo bem. Ele ligou para várias pessoas pedindo socorro para mandar propaganda minha para lá, porque eu ia chegar e não tinha cavalete meu. Além disso, na reunião que eu fui, para ter gente, ele colocou aluno escolar de menor idade para fazer número. Não demorei dez minutos lá, e saí enojado”, denunciou Moury, que se disse “constrangido e profundamente envergonhado” com o relato. “Faz parte da minha obrigação”, justificou. Clodoaldo foi procurado pelo Blog da Folha, mas não atendeu às ligações.

PENALIZADO

Além do problema com traições, Edgar Moury ressaltou a dificuldade da oposição nessas eleições. Para ele, a coligação foi “prejudicada” pela campanha majoritária. “Todos os candidatos proporcionais, quer seja estadual ou federal, ninguém conseguiu ter os votos que achava que iria ter. Ouvi várias vezes Sérgio Guerra (PSDB) dizer que teria mais de 200 mil votos, e teve 167 mil, uma diferença expressiva. Mendonça Filho (DEM) disse a mim várias vezes que iria ter 180 mil votos, e teve 142 mil. Trocando em miúdos, o que a população queria mesmo era a continuidade do governo de Eduardo Campos (PSB). E quem tivesse o mínimo de cheiro contrário ao governo foi penalizado. Até quem não fizesse uma oposição, que é o meu caso. Mas só pelo fato de ter o número 15 na legenda, eu fui penalizado”, explicou.


Tão vendo, nem precisa ser Tiririca pra ser palhaço e político...
-x-x-x-
Amanhã, postarei a foto que saiu nessa notícia.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Outro Post Político Mais Breve Ainda

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No Twitter:


"Já imaginou o tanto de merda que paulista ia estar arrotando a essa hora se o Tiririca tivesse sido eleito por algum estado do nordeste?"

E não é que é verdade?

Breve Post Político

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Sei que este post será considerado antidemocrático - ou não, dependendo de quem lê.


Muito obrigado aos que entraram na tal Onda Verde...

-por fazer com que mais dinheiro público seja gasto com outra rodada de eleições em escala nacional...

-por fazer com que tenhamos mais um mês de guia "inútil" eleitoral...

-por fazer com que continuem os debates mornos onde ninguém apresenta propostas...

-por mais um mês com o material de campanha dos candidatos emporcalhando as ruas - talvez agora, concorrendo apenas com Dilma, Serra arranje um espaço para expor sua cara em algum cavalete em Recife. Um colunista político até brincou que achar uma foto do candidato na cidade estava virando um jogo de "Onde está Wally?"...

-por mais "militantes" explorados, que aceitam qualquer miséria para ficar o dia inteiro levando sol na cara para ficar segurando aquela bandeiras irritantes dos candidatos...

-por permitir a um político como Serra virar o jogo com alguma cartada baixa e manipuladora - e que seus partidários chamarão de "triunfal"...

E mais qualquer outra coisa de ruim que venha acontecer nesse mês de outubro, dentro do campo político.

Essa estratégia de impacto em que o PV investiu só tem lógica num contexto em que a sociedade tivesse uma grande adesão, o que não foi o caso. Agora, somos obrigados a enfrentar uma campanha dilatada, porém vazia. Claro, cerca de 20% do eleitorado nacional é algo bastante expressivo, mas talvez só dê retorno de fato daqui a mais quatro anos. Marina já deixou sua marca na Calçada da Fama da Política Nacional com esse feito. Que tal o PV se preparar, "criar maré", para que essa Onda vire uma Tsunami Verde em 2014? Por agora, é lutar para que Serra não vire o jogo.