E eu que passei a noite acordado, sonhando coisas loucas, querendo respostas… E eu que esperei tanto de você mas nunca ouvi o que queria, nunca tive o que queria. Apenas dormia esperando o amanhã… E eu que sempre quis voar, mas Deus não me deu asas. Por isso amasso o chão com o meus pés rachados e sem rumo… E eu que de longe via você e queria entender tudo aquilo que explodia em meu peito… E eu que nunca vi a luz nos olhos de meu amor, pois meus ollhos nasceram sem luz e assim será para todo o sempre… E eu que não tentei, não arrisquei; hoje me sinto um fraco, um incapaz, com medo de enfrentar o desconhecido… E eu que nunca entendi as palavras mágicas, os códigos secretos, as fórmulas químicas, as bulas de remédio, o olho do furacão, a pandemias, as geometrias, as dores, a poesia, o amor…
E eu que vejo todos eles passarem diante de mim, o que faço? O que digo?