Tropa de Elite 2 repete o fenômeno do seu antecessor, com conteúdo mais encorpado e prova que o cinema de ação é um gênero a se apostar na filmografia brasileira.
"Agora é pessoal" |
Isto era o que você conhecia do capitão Nascimento. Agora, ele é coronel...
Tropa de Elite 2 foi cercado das maiores expectativa e de um esquema de segurança blindado para que a pirataria não se fartasse nas cópias ilegais antes da estreia (como ocorreu no primeiro). Já era o filme nacional do ano meses antes do seu lançamento. Quando estreou, um mês depois do espírita “Nosso Lar”, a cine-experiência brasileira em “ficção científica sobrenatural”, roubou o primeiro lugar das bilheterias com o assombro de uma ação do Bope. Rapidamente chegou aos 3,5 milhões de espectadores. Menos de um mês depois da estreia, passou dos 6 milhões. É como se a cada hora, 11900 pessoas assistissem Tropa de Elite 2!
O investimento na produção é inegável. Logo de cara, temos o carro de Nascimento metralhado numa sequência em câmera lenta digna de filmes de ação hollywoodianos. As imagens são calculadas com cuidado, não deixando nada semelhante ao “velho estilo” nacional de câmera descuidada, sem se preocupar realmente com o que está sendo filmado. Das cenas aéreas num helicóptero, caçando traficantes a tiro de fuzil, as da invasão do “caveirão” (apelido do carro blindado padrão do Bope) no último morro ainda livre das milícias, o diretor José Padilha conduz seu filme com a mão de um oficial caveira.
Mathias (André Ramiro) invadindo Bangu I |
Voltando ao nosso (anti-)herói, Tropa 2 se passa quinze anos após o primeiro, com Nascimento atuando dentro da secretaria de segurança do Rio de Janeiro, num trabalho mais burocrático mas nem por isso menos importante. O problema é que, como tantas vezes divulgado no trailer, ele demora para perceber quem são seus verdadeiros inimigos: políticos canalhas que aceitam negociatas com policiais corruptos pela manutenção de seus cargos, e com apoio da mídia! Esse vai e vem do poder vai impregnando a narrativa, de maneira que lá pelo meio do filme você já tem um nojo abissal de cada um deles...
Fraga (Irandhir Santos): uma complicação na vida do coronel do Bope |
Aliás, o personagem vivido por Wagner Moura sofre, viu? Curiosa a humanização do personagem, não mais apenas a máquina de matar bandidos do primeiro filme, mas um homem maduro, um oficial experiente, que tenta buscar soluções mais razoáveis e menos desnecessárias. Interessante vê-lo reprovar insistentemente uma entrada do batalhão num reduto do narcotráfico quando ainda lembramos a operação de vingança que fecha o filme anterior. Além das pedreiras no caminho do seu novo cargo, a esfera familiar arruinada joga nosso caro capitão (digo, coronel) na merda, como ele bem diria. E no meio disso, sobram choques com Fraga.
O desenrolar do filme conduz a uma trama cheia de sordidez e corrupção, onde o destino de dois homens tão opostos vai inevitavelmente aproximá-los, dando ao filme um desfecho quase épico – e ainda uma brecha para uma possível continuação. Já não bastasse o roteiro bem amarrado, o elenco inteiro dá show. Além de Wagner e Irandhir, o retorno de Milhem Cortaz (capitão Fábio), Sandro Rocha (Russo) e o acréscimo de André Mattos (Fortunato, um típico apresentador de programas policiais) e Seu Jorge (Beirada, um chefão do tráfico em Bangu I) fazem de "Tropa de Elite 2" uma película respeitável em termos de atuação.
Aê, malandro, corre pra assistir! |
- x - x - x -
Alguém, pelo amor de Deus, me passa o nome do ator que faz o deputado canalha do filme? Não encontrei em canto nenhum.
Ah, e "Tropa de Elite 2" também prova que jornalista só se fode... Assista que você vai entender...
2 comentários:
FINALMENTE conheci teu blog.
desligada total..
e juro que não tinha visto esse post e essa primeira foto antes de postar lá. rs
pô.. o filme é sensacional e realmente, a lição mais importante é a...
JORNALISTA SÓ SE FODE
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
muito bom.
AH, estarias falando de André Matos? Ou Mattos, sei lá.
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