segunda-feira, 27 de junho de 2011

Minha impressão sobre mangás II

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As diferenças culturais entre Oriente e Ocidente muitas vezes são gritantes. Mas se tem um traço cultural que eu nunca conseguirei entender é o tal do mercado editorial de mangás.

No Japão, é absolutamente normal que um mangá leve 10 anos pra ser concluído. Dez longos anos! Não, isso não quer dizer que tem uma revista todo mês na banca ou na livraria. É um volume compilado por semestre, quando uma série está mais ou menos no auge!

Berserk: há 22 anos
combatendo demônios.
Até quando?
Tem mangá que está no mercado há mais de 20 anos e ainda não tem a menor cara de “está chegando ao fim”. Os japoneses literalmente crescem lendo seus heróis favoritos e talvez por isso, para culturas estrangeiras, isso seja visto como um hábito infantil. Difícil realmente acreditar que alguém compre Dragon Ball por, sei lá, 13 anos e dizer que o interesse na obra se manteve intacto de início ao fim. O gosto, a rotina diária, a maturidade... Tudo muda nesse espaço de tempo tão grande. Uma década modifica o sujeito demais. Não consigo acreditar que o cara que começou a ler Berserk em 1989 chegou em 2011 sem nenhuma mudança na sua vida. Digamos que o sujeito tivesse 14 anos na época do lançamento do mangá. Ele estaria agora com 36. Será que ele tem o mesmo tempo para ler seu mangá de horror-fantasy como tinha aos 14? Será que ele ainda se interessa por essa temática?

Acho que o mercado japonês de quadrinhos sobrevive mais dos herdeiros do que propriamente dos leitores antigos. Lá também tem o lance das coletâneas, com várias séries saindo na mesma revista. Grandes como listas telefônicas, essas revistas publicam, semanal ou mensalmente, vários títulos, mas apenas UM capítulo. É quase como acompanhar um seriado de TV. E depois de um determinado número de capítulos publicados – que geralmente fica em torno de nove, mas tudo depende da editora – então chega a hora de compilar a série. Os capítulos são republicados num volume chamado de tankobon ou tankohon – que é a referência para publicações fora do Japão, já que os outros mercados não se adaptariam a essa insanidade editorial.

A JBC espera novas sobre HxH.
Será que demora muito?
O pior desse sistema mal assombrado é que ele influencia outros países, quando os títulos são exportados. Só aqui no Brasil, devem ter mais de 10 mangás paralisados por alcançarem a edição japonesa. Dentre eles, Hunter x Hunter, Evangelion, Vampire Knight e, em breve, o próprio Berserk.

E ainda há o risco sério de cancelamento se houver uma mínima baixa nas vendas. Shaman King foi concluído às pressas pelo simples fato de não figurar mais entre os top 5 de mais vendidos no Japão. Ao invés do desfecho pretendido, o autor Hiroyuki Takei recebeu o ultimato da editora e foi obrigado a dar um final “nas coxas” para seu mangá – final este que ficou horrível, por sinal.

Agora, me diga, como alguém pode passar tanto tempo escrevendo/desenhando um mesmo troço sem enlouquecer?

Isso fica para outro post...


Acompanhe a série:
-Minha impressão sobre mangás I (o gênero)


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Wesley Prado é recifense, leonino, quase jornalista e nostálgico. Lembra da queda do Muro de Berlin. Simplesmente louco por quadrinhos, RPG, livros e cinema. Criador do Caixa da Memória, mas humilde demais para querer ser chamado de deus ou papai.

Mil Palavras nº 11

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Foto: Agência Reuters/Publicado no globoesporte.globo.com.

domingo, 26 de junho de 2011

Videodrome nº 13 - Mash-up The Lord of The Stars

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E aí, galera! Tudo beleza? Bem, vamos a mais uma edição do Videodrome, nossa coluna de vídeos aqui no Caixa da Memória.

A sessão hoje é beeeeeeeeeeeeeeem nerd. Trata-se de três mash-ups unindo as duas trilogias cinematográficas mais endeusadas pelos nerds mundo afora: Senhor dos Anéis e Star Wars (que naquela época, ainda era Guerra nas Estrelas).

A criação é de @Pablo_Peixoto, do Pérolas para Porcos. Ele manteve a faixa dos trailers originais de Senhor dos Anéis, exceto por algumas trilhas incidentais de Star Wars e os efeitos dos blasters.
Caso as legendas em português não apareçam automaticamente, basta clicar no botão CC da barra do YouTube, que vai aparecer assim que o vídeo começar.

Aproveitem esse momento excessivamente nerd e se divirtam!
Até a próxima.

Lord of the Stars - The Fellowship of the Hope


Lord of the Stars - The Empire of the Two Towers


Lord of the Stars - The Return of the Jedi King

Capitão América - O Primeiro Vingador - Trailer final legendado

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Há pouco menos de um mês para a estreia, sai o trailer final de Capitão América: O Primeiro Vingador". O filme que contará a origem de um dos mais emblemáticos heróis da Marvel Comics (e um dos maiores símbolos americanos da cultura de massa), além de servir de desculpa para Os Vingadores, que deve sair ano que vem,  não vinha causando boas expectativas perante o público. Talvez o ator escolhido (Chris Evans, que já fez outro super-herói, o Tocha Humana do Quarteto Fantástico), talvez o design do traje (já li comentários do tipo "parece um edredon dobrado no corpo dele!"...), ou talvez seja a grande chance de um roteiro fraco.

Seja lá qual for o motivo, acho que a culpa, por enquanto, foi dos trailers anteriores, muito fracos. Esse trailer final, ao menos no quesito publicitário, consegue passar um pouco mais de confiança a um filme que nem está sendo tão aguardado assim. Eu gostei do trailer, mas não sei se confiarei no filme...

Fiquem com o trailer e digam o que acharam.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Jornalismo é fácil... Vai nessa...

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Uma matéria que saiu na Folha de São Paulo em 2005, de autoria de Fernanda Bassette e André Nicoletti, que apesar de velha ainda guarda certa atualidade, defende a seguinte ideia: jornalismo é o curso mais fácil de todos. A defesa dessa tese vem da comparação de dificuldade entre engenharia e jornalismo, onde os alunos do primeiro relatavam que deveriam ser menos exigidos, enquanto que os alunos do outro diziam que deveriam ser mais. Além da comparação ser estapafúrdia, já que os cursos de engenharia e jornalismo tem tanto em comum quanto uma samambaia e uma bicicleta, me parece um parâmetro muito fraco para definir esse tipo de coisa. Até porque dificuldade num curso superior não está relacionada apenas ao campo de estudos daquele curso. Mas daí a querer dar uma conotação de que jornalismo é curso de “vagabundo” já é demais.

Repetindo uma frase que postei há algumas horas no Twitter, quem fez essa matéria não ficou cinco noites sem dormir como @_definitely (beijo pra tu, menina!)

De texto todo, só concordo mesmo com o parágrafo final. E por que? Por se tratar de uma verdade. Muitos alunos entram no curso de jornalismo com a cabeça enterrada ainda no cursinho, onde tudo é funcional, tem aplicação e objetivo. Sinto muito, mas a vida acadêmica não é assim em curso nenhum. Nem mesmo em engenharia se pode esperar essa praticidade toda nos estudos.

Outro problema é o clássico "tudo na mão". Quando se entra numa universidade/faculdade, o sujeito tem que correr atrás, tem que querer conhecer a sua área escolhida. Não basta apenas estudar conteúdo e achar que aquilo tudo vai lhe ensinar a ser um bom profissional. Na verdade, o mais provável é que o estágio lhe ensine mais do que as aulas. E isso vale pra (acredito que) qualquer curso.

Se jornalismo foi considerado fácil, com certeza não é pela natureza de seus estudos. Engana-se quem concorda com o rebaixamento do diploma de jornalismo a mero enfeite emoldurado na parede da sala e pensa que qualquer um pode ser jornalista. O curso superior é, sim, necessário para uma boa prática profissional. Como diria Felipe Pena no seu Teoria do Jornalismo:

“(...) o profissional de imprensa precisa ter uma formação sólida e específica para assumir o papel de mediador. Ninguém gostaria de entrar em um hospital e ser atendido por um contador. Ou ser defendido no tribunal por um veterinário. Então, por que seria diferente com o jornalismo?” 

A culpa – ao menos, parte dela – é do corpo docente dos cursos de jornalismo, que na sua maioria, em qualquer IES desse país, nivela “por baixo” e termina apregoando notas 10 a quase toda turma. Pergunto aos meus distintos colegas de curso da UFPE: não houve ao menos uma cadeira em que tenha batido aquela sensação de “ele/ela não dá nota menor que 8 pra todo mundo” ou “todo mundo tirou 9,5”? Ou ainda pior, algo como “não li nada, peguei trabalho dos outros e minha nota ainda foi maior que a dos colegas”? Pois é, isso acontece com frequência, e tenho certeza que não somente na UFPE. Na Unicap, Aeso, Nassau e tantas outras.

O curso de jornalismo deveria ser muito mais puxado. Reprovação por falta deveria REALMENTE existir – exceto em casos especiais, como num estágio escravista filhodaputa pesado demais, que impossibilitasse a presença do aluno nas aulas, e ainda assim com ressalvas. Professores não deviam aceitar serem manobrados pelos alunos a ponto de serem vistos como pessoas de coração mole, ou melhor dizendo, no entender discente, bestas.

É como se os docentes de jornalismo tivessem medo de dar notas baixas aos seus alunos. Besteira! Um dos professores mais fantásticos que tive no curso atende pelo nome de Eduardo Duarte. Realmente tem o que ensinar e o faz com competência. Quem estudou com ele sabe o sufoco que é pra tirar um simples 7. Ainda não conheço alguém que tenha ficado com média acima de 8 com ele – se você se encaixa nesse seleto perfil e está lendo esse texto, pelo amor de deus, encaminhe o print screen da sua nota que é pra não deixar dúvidas desse mérito!

Além de criarem essa falsa sensação de facilidade no curso, professores do tipo “10 pra todos” desestimulam os alunos, que não veem desafio algum para seus intelectos. Por que se esforçar demais se, no final, vou tirar o mesmo 10 do cara que vai se matar de estudar? Não sobra nem mesmo a vontade de participar das aulas – é só dar uma olhada na maioria das cadeiras obrigatórias e perceber que o índice de evasão é grande. Como a maioria dos professores utiliza o (inútil) método de passar uma ata de frequência, nem mesmo o controle sobre a turma pode ser exercido, já que um aluno assina por sete, talvez até mais, e fica todo mundo em dia com a chamada. Nem mesmo errando o nome do colega vão sentir falta... Imagine a cara de espanto de um professor ao ver um aluno se reportar pela primeira vez no semestre, após mais de dois meses de atividade, sem nem saber que ele estava matriculado naquela cadeira... 

Tenho certeza que se o curso fosse mais linha dura, teríamos estudantes mais comprometidos e interessados, não apenas com suas notas, mas também com atividades extracurriculares e com o curso em si. E não um bando de folgados que empurram o curso com a barriga, fingindo superioridade, que faltam pelos motivos mais ridículos e que, muitas vezes, utilizam de meios antiéticos para a realização de seus trabalhos, seja no próprio ambiente acadêmico, do estágio ou mesmo profissional.

Fica aqui meu desabafo. Espero que o texto não tenha saído muito confuso, e que eu não tenha esquecido nenhum ponto da argumentação que eu quis traçar.

- X - X - X -


A referida matéria da Folha virou "bafão" no Twitter graças ao link disponibilizado por @_definitely. Thanx pela inspiração, visse?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Minha impressão sobre mangás I

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Histórias em quadrinhos são uma forma de arte um tanto ignorada. Talvez porque, aqui no Brasil, essa mídia esteja tão ligada a temas infantis, graças aos personagens de Disney e Maurício de Souza. Quando se fala em quadrinho adulto, tem gente que nem acredita. A coisa tem melhorado bastante nos últimos anos, com os quadrinhos ganhando espaço na mídia impressa.

Mas se tem um gênero que ainda fica no campo do preconceito é o mangá.

O mangá é a manifestação japonesa dos quadrinhos. Com nomes semelhantes e estilos levemente distintos, há também obras de origem chinesa e coreana, só para citar exemplos de maior sucesso de distribuição. “Coletivamente”, qualquer obra que venha do extremo oriente acaba sendo chamada de mangá pelos leigos.

Os mangás têm a vantagem, em relação aos comics americanos, de serem histórias fechadas, com início, meio e fim estabelecidos. Não tem essa de ficar reiniciando cronologia (como é costume na DC) ou ressuscitando personagens (como a Marvel fez com o Capitão América, recentemente).

Capa brasileira da última
edição de Shaman King
Isso, claro, faz com que algumas séries de mangá deem trabalho pelo seu tamanho. Shaman King, que foi publicado no Brasil pela JBC, teve 32 volumes no original (64 aqui). Outras, no entanto, são curtinhas, como Darker Than Black e Wolf’s Rain (ambas pela Panini), que têm apenas duas edições. Ou ainda Voices of a Distant Star, que tem apenas um volume! Essa certeza de um final tem suas vantagens e desvantagens, que deixarei para discutir em outro momento.

O que acho mais bacana nos mangás é a variedade temática, além de sua diversidade artística, ambas muito mais criativas que nos comics. Temos desde comédia e ficção científica até aventura e erotismo. O nosso mercado está cheio de títulos para todos os gostos, graças ao trabalho da JBC, Panini, Conrad e New Pop (se esqueci alguma editora, por favor, me perdoem). O estilo, apesar de guardar determinadas características essenciais ao gênero, varia bastante, indo desde o hiper-realista de Evangelion até o caricato (e horroroso, heheh) de Saint Seiya (mais conhecidos entre nós como Cavaleiros do Zodíaco).

Se os temas e os estilos agradam, não posso dizer o mesmo do mercado editorial japonês... Aguardem mais impressões a respeito em outro post.

terça-feira, 21 de junho de 2011

[Psicotrópicas] Cyberpunk

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Cyberpunk são lágrimas
de computador
e sonhos de máquina.
Um cursor pulsante refletido num par
de lentes de um óculos espelhado.
Uma dobra de carne clonada presa
num zíper de uma jaqueta de couro
preta.
Uma canção de ninar cantada por
uma voz sintética para um feto
clonado dormindo dentro de um tubo.
É o enroscar dos disk drivers, o
esfregar dos pistões cheios de óleo,
o roçar da pele de plástico contra pele
de plástico quando os robôs fazem
amor.



(retirado da contracapa do RPG em ebook Daemon Cyberpunk, disponível em http://www.scribd.com/doc/18056994/RPG-Ebook-Cyberpunk)

domingo, 19 de junho de 2011

Trailer final (legendado) de Harry Potter e As Relíquias da Morte: Parte 2

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- X - X - X -

Postagem patrocinada pela minha amiga Júlia Menezes, que postou o vídeo no Facebook.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Uma notícia boa e outra má sobre o filme do Lanterna Verde

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Uma das adaptações de quadrinhos mais esperadas do ano, Lanterna Verde (Green Lantern) promete ser um baita filme de super-herói. E precisa ser mesmo, pois trata-se de um dos personagens mais clássicos da DC Comics, que também publica outras lendas como Batman, Superman e Mulher-Maravilha.

A notícia boa desse post é o terceiro trailer do filme, que vocês podem conferir abaixo. Por sinal, bastante revelador em termos de visual. Graças a Deus o pessoal da Warner seguiu por uma linha mais criativa, com Hal Jordan apelando no uso do anel de poder!

A má notícia é que nós, brasileiros, só poderemos assistir o filme nas telonas no dia 19 de agosto - pouco mais de dois meses de atraso em relação aos americanos, que já poderão assistir o filme daqui a três dias...

Poxa, Warner Brasil, que #fail, hein? Com isso, vocês deram todos os argumentos do mundo para os piratas lucrarem com esse filme. Ou, ao menos, para a galera baixar em casa, sem nem precisar do atravessador.
Parabéns pela ótima visão de marketing...


domingo, 12 de junho de 2011

Videodrome nº 12 - Dia dos Namorados (L)

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Olá, meu povo! Eu sei, eu sei, o Videodrome está mais desatualizado que aquele seu tio que acha pochete a última moda. Mas, num esforço hercúleo de atualização, já entrando na madrugada, venho aqui com mais um Videodrome temático. Como o dia 12 de junho - mais conhecido como Dia dos Namorados - não podia passar em branco, vim aqui postar para vocês uns vídeos bem no clima da data.


Chatroullette Love Song
Um dos meu vídeos favoritos e simplesmente a declaração de amor mais nerd, sincera, criativa e emocionante que já se viu!
A emoção de Diana ao ser pedida em casamento já foi vista mais de 4 milhões de vezes e deverá ser, por um bom tempo ainda, um dos mais bem bolados pedidos de casamento da história.
No finalzinho do vídeo, tem um link para ver como eles fizeram "Diana's Song" - é só não clicar em hide annotations (aquele ícone do balãozinho na barra de ferramentas do vídeo) para ver o link.


Eduardo e Mônica - O Filme (by Vivo)

Esse aqui foi malandramente adicionado beeem depois da publicação, pois realmente esqueci de incluí-lo nessa relação (creiam!).
Enfim, fica aqui para vocês assistirem - se é que já não o fizeram algumas vezes na semana passada.
A Vivo, esperta que é, fez um clipe para Eduardo e Mônica, uma das músicas mais famosas do Legião Urbana, a antológica banda de Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá.
Uma linda homenagem da operador de celulares ao Dia dos Namorados.


The Cure - Friday I'm in Love

Hoje nem é sexta-feira. E se fosse, não falaria de Rebecca Black. :P
Mas "Friday I'm in Love" é simplesmente uma das músicas mais legais e conhecidas do The Cure (talvez só perca pra "Boys Don't Cry).
A banda, que iniciou a carreira nos anos 80, é referência quando se fala na música da época e no rock "gótico-romântico".


Sixpence None The Richer - Kiss Me

Banda dos anos 90 que ganhou fama astronômica com esse single. "Kiss Me" foi trilha de sonora de pelo menos dois filmes e, certamente, de um monte de casais apaixonados mundo afora.
Pena que, justo graças a "Kiss Me", a banda virou "one hit wonder" - ou, numa tradução livre, "banda de um sucesso só".
Não que tenha sido verdade. Teve também "There She Goes" (que foi usada num comercial recente, só não lembro exatamente qual...), "Breathe Your Name" e a versão da banda para "Don't Dream It's Over", sucesso da banda Crowded House.
Obs: no Wikipedia, o Sixpence None The Richer é definido como pop rock cristão(!).


Bangles - Eternal Flame

É a nova! >D
Tirações à parte, Eternal Flame deve figurar em 8 de cada 10 seleções de músicas românticas que mais marcaram época (e relacionamentos!).
É só bater um pouco do mofo e curtir a roedeira, hehehe


Bryan Adams feat. Melanie C - When You're Gone

Eu podia ter escolhido "(Everything I Do) I Do It For You" ou "Have You Ever Really Loved A Woman?", mas preferi pegar essa aqui por dois motivos. 1) Ela é mais "pra cima" que essas e 2) Eu curto muito essa música - sem contar que me faz lembrar uma época mais tranquila da minha vida.
Bryan Adams é outro que sempre figura nas coletâneas "love songs" da vida. Ele tinha que estar presente nesta lista.


Bryan Adams - Heaven

Dobradinha Bryan Adams! Essa é mais uma dele e arrasa corações a quase vinte anos. Não há como negar, a música é linda e o cara detona quando o quesito é "canções para se roer todo pela pessoa amada". :D


Roxette - It Must Have Been Love

Outra banda dos anos 80. A dupla sueca emplacou inúmeros hits nessa linha pop rock romântico. Esse é um dos maiores clássicos da banda, ao lado de "Spending My Time" e "Listen To Your Heart" Mesmo quem nasceu muito depois do auge da banda conhece o trabalho de Marie Fredriksson e Per Gessle. Sucesso é isso.


Love Songs 70's ~ 2000's

E pra fechar a conta de hoje, esse vídeo muito bacana, uma imensa coletânea com trechos de músicas românticas dos anos 70 até hoje. Tem muita coisa legal e que, por motivos de espaço, deixei de fora. Mas esse clipe dará conta do recado, tenho certeza.


É isso, galera. Espero que tenham gostado de mais esta edição do Videodrome.
Perdoem-me os nacionalistas de plantão por não listar nenhuma música nacional no post. Sei que tem muita coisa boa no nosso país em termos de música romântica, mas acontece que quando toco no assunto, meu referencial inevitavelmente aponta para músicas internacionais, especialmente dos anos 80. 
Que o Dia dos Namorados tenha sido legal tanto pra quem está in love como para quem ainda está a procura do seu par.


Até a próxima!


- X - X - X -


-No começo do post, minha ideia era escolher vídeos que tivessem a temática do romance e tal, como aquele do menininho oriental que diz estar apaixonado pela coleguinha. Mas, à medida que fui buscando vídeos de música, não teve jeito. Acabou virando um playlist. Ficou legal? Digam aí nos comentários o que acharam da seleção.


-Ah, e quanto às músicas românticas nacionais, talvez eu faça uma edição made in brazil na semana que vem, o que acham? Mais uma vez, deixem nos comentários sua opinião.


-Fechei esse post às 01:24 da segunda, apesar da data de postagem ser das 23:38 do domingo. Programei a mudança apenas para deixar a coluna no seu devido dia.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Reúna seus aliados

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A Wizards of the Coast fez lançou recentemente um vídeo para divulgar o lançamento do game Duel of the Planeswalkers 2012 e da coleção básica (core set) Magic 2012.

Mais uma vez, como no vídeo de Nova Phyrexia, trata-se de uma animação usando artes dos próprios cards. É um técnica simples, mas o efeito é grandioso.

Pelo visto, a ideia dos planeswalkers continuará rendendo muito no jogo. Neste vídeo, vemos um deles, Gideon Jura, mostrando a importância de se ter aliados...

Duel of the Planeswalkers sai no próximo dia 15, e Magic 2012 no dia 15 de julho.

terça-feira, 7 de junho de 2011

[Deu no Jornal] HQ clássica ganha edição nacional

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Texto publicado na edição desta segunda (06/06/11) do Jornal do Commercio, na coluna Zine do Caderno C






Ernesto Barros (ebarros@jc.com.br)


Poucas vezes o universo adolescente americano foi retratado de maneira tão realista quanto na graphic novel Mundo Fantasma, de Daniel Clowes, que acaba de ser editada no Brasil pela editora Gal (86 páginas, R$23,90).


Apesar de chegar aos consumidores brasileiros só agora, 14 anos depois de sua publicação pela Fantagraphics Books, a história das adolescentes Enid e Rebecca é muito conhecida por causa da adaptação cinematográfica levada a cabo por Terry Zwigoff (Crumb), com o título nacional de Mundo Cão (em vídeo, Ghost World – Aprendendo a Viver). Recentemente, Zwigoff e Clowes voltaram a se encontrar em Uma escola muito louca (2006).


Não devemos esquecer, também, que Mundo Cão foi um dos primeiros sucessos de Scarlett Johansson, que interpreta a lourinha Rebecca. Para falar a verdade, o filme, realizado em 2001, é mais do que uma adaptação ipsis literis dos quadrinhos porque Zwigoff e Clowes mexeram muito com os personagens, principalmente com a entrada em cena de Seymour, o colecionador de vinil interpretado por Steve Buscemi. Mas a espinha dorsal da graphic novel permanece intacta já que o foco continua na insatisfação das duas amigas adolescentes, que terminam o colégio e ficam de bobeira zanzando pelas redondezas do subúrbio onde moram, sem saber o que vão fazer dali pra frente.


Rebeldes sem causa, Enid e Rebecca não poupam ninguém que passa na frente delas, como se o mal estar de viver resvalasse em todas as direções. E o traço de Clowes, realista e sombreado de verde, aponta mesmo para uma estranheza do ambiente que cerca suas personagens, que não se reconhecem em nada do que vêem. Mesmo estranho e assustador, o mundo de Clowes tem sua faceta engraçada, sem dúvida fruto da idade em vivem as duas amigas.


Uma das boas surpresas da edição da Gal é a ótima tradução de Maurício Muniz, que não alivia nos palavrões nem na aspereza do verbo de Daniel Clowes. Só para confirmar a importância de Mundo Fantasma no panorama das HQs americanas, a graphic novel ocupa o 8º lugar na lista da revista Time dos melhores álbuns de quadrinhos de todos os tempos e o 6º lugar na lista da revista Paste dos 20 melhores em quadrinhos da década (2009).

[Psicotrópicas] 12 de Junho

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Era Carnaval.
Pessoas-luzes, tudo sem igual
Nunca tinha visto tanta cor.
Foi num baile que você me escolheu.
Todos de máscara pra não se saber a quem feriu.
Infelizmente, pra nossa dança não havia música.
Ficávamos só de negativas, tomados pelo vinho tinto.
Desde o terceiro momento,
naquela conversa meio atravessada,
quando rasgaste meu peito e comeste meu coração,
nunca mais eu tive sossego.
A cada Reveillon, saudade e dor se misturam.
Nos meus aniversários, tão solitários, você sempre está longe demais.
Enquanto for assim entre nós dois,
você em Kyoto, eu em Berlim,
não tenho o que comemorar. Não hoje.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Primeira Classe, de fato

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Novo filme da franquia mutante mostra um olhar renovado sobre a origem de seus personagens mais icônicos e dá novo fôlego ao intrincado universo dos Filhos do Átomo.


Quem é fã de quadrinhos (como eu) passou os últimos seis meses com grande ansiedade sobre o novo filme dos X-Men. Os primeiros teasers atiçavam a imaginação. Os trailers já diziam que o filme seria um arraso. Mas é certo que ninguém imaginou o quanto seria bom esse X-Men - Primeira Classe (X-Men First Class, 2011), simplesmente um dos melhores filmes da franquia.

A ideia de um reboot (ou recomeço) está virando moda em todas as vertentes da cultura "pop-nerd". Nos quadrinhos, isso já é tradição. Nos games, os consoles ultra-tecnológicos estão voltando suas atenções para jogos antigos, revivendo-os sob novos conceitos (vide Mortal Kombat e Tomb Raider - este para o ano que vem). No cinema, pode-se dizer que é um conceito em desenvolvimento, ainda. Já vimos o que aconteceu quando resolveram "zerar" o Batman - e que resultado! Logo, logo, teremos um novo início para o Homem-Aranha.

Turma de 62 (Moira, sai daí, você nem faz parte da turma!)
Com os X-Men, o assunto trouxe uma série de expectativas sobre o que e como seria feito dos heróis mais famosos da Marvel. A mitologia dos X-Men é rica demais, com muitos detalhes que fazem este título alcançar o status de "religião", assim como Star Wars e Senhor dos Anéis. Que personagens usar? Que tramas explorar? Como trazer isso sob um novo olhar?

O primeiro passo dessa receita foi trazer Bryan Singer, diretor de X-Men 2 e fã assumido de quadrinhos, para ser um dos roteiristas e produtores. O segundo passo foi trazer Matthew Vaughn, diretor que tem no currículo obras como "Snatch - Porcos e Diamantes", "Stardust - O Mistério da Estrela" e "Kick-Ass - Quebrando Tudo", filmes cujo enredo é bem construído e que dosam muito bem o ritmo da narrativa, prendendo o espectador.

Clima de paquera entre Mística e Fera (sim, isso mesmo)
O terceiro passo foi escalar um elenco que não tivesse estrelas consagradas (à exceção de Kevin Bacon), mas que tivessem um mínimo de carisma e talento. No caso dos papéis de Charles Xavier e Erik Lehnsherr, James McAvoy e Michael Fassbender foram escolhas mais que acertadas. Tirando o tremendamente insosso Maré Selvagem, interpretado pelo novato Alex Gonzalez, todo o resto da combinação personagens-atores faz sentido, numa série de ligações entre eles que pode fazer trincar os dentes dos fãs xiitas de X-Men (Mística criada como irmã de Xavier?), mas que torna o filme interessante justo por isso.

Mística, #sualinda
A trama se passa nos anos 60, especificamente durante a crise dos mísseis soviéticos em Cuba. Sebastian Shaw quer dar um empurrãozinho para que EUA e URSS iniciem uma guerra atômica e que a humanidade vá pro saco. Ele tem a cooperação de Azazel, que personifica bem o que seria de Noturno se ele fosse do mau; Maré Selvagem, capaz de criar furacões; e Emma Frost, a famosa Rainha Branca, telepata competente e que tem a capacidade de tornar seu corpo em diamante.

Emma Frost e Sebastian Shaw curtindo na Nox
Enquanto isso, uma série de eventos conduzirá ao encontro de Xavier e Erik, numa aliança com o governo que será o embrião dos futuros X-Men. O contato deles com a CIA é a agente Moira McTaggert – sim, a Dra. Moira, aquela que é praticamente um affair do Professor X nos quadrinhos!

"Toca aqui, xará!"
Não entrarei em mais detalhes por achar que X-Men Primeira Classe é daqueles filmes que quanto menos você souber, melhor. Inclusive, a diversão está garantida para aqueles que não são fãs dos mutantes, pois a narrativa é conduzida de uma forma que não é preciso um zilhão de referências para entender cada passo de cada personagem. E para os viciados em quadrinhos (e nos filmes), podem esperar vários easter eggs bem legais.

X-Men Primeira Classe
NOTA 10/10



domingo, 5 de junho de 2011

Rise in The Planet of The Apes - Trailer #2

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E aí, macacada! (putz, essa foi horrível...)

Novidades sobre o segundo filme da "nova geração" de Planeta dos Macacos. Tivemos o primeiro, remake do filme clássico de 68, com Mark Wahlberg à frente do elenco e Tim Burton na direção - filme que, na minha opinião, tem um clima bem construído, mas se perde totalmente ao transformar a trama dos símios superiores em pura porrada.

Em Rise in The Planet of The Apes, James Franco fará um cientista que estuda uma cura para o mal de Alzheimer. Ele desenvolve essa cura e a testa num chimpazé, batizado de Caesar. Caesar desenvolve inteligência a nível humano e se rebela contra seus mestres humanos.

Apesar de ser meio spin-off dos filmes da década de 60/70, "Rise..." tem cacife para ser o recomeço de uma franquia importante do cinema de ficção científica, tentando explicar os eventos que levaram ao declínio da raça humana frente aos macacos (alguém falou em reboot?). Se o filme der certo, tenha certeza que veremos mais Planeta dos Macacos por aí.

"Rise in The Planet of The Apes" tem estreia marcada para 5 de agosto. Fiquem com o trailer, que está muito bom - embora achei que o primeiro trailer tenha ficado muito mais interessante.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Every Teardrop is a Waterfall - Novo single do Coldplay

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Os ingleses do Coldplay lançaram hoje (03) uma música que estará no próximo álbum da banda. A faixa tem o nome melodramático de Every Teardrop is a Waterfall (algo como "Cada Lágrima é uma Cachoeira"). 

A banda lançou o último álbum - Viva la Vida or Death and All His Friends - em 2008 e, mantendo o ritmo regular que vem praticando desde o fantástico X&Y, já começa a despontar novo trabalho. Ainda sem nome e sem data, o quinto álbum da banda está previsto para o segundo semestre deste ano. É, com certeza, um dos discos mais esperados de 2011.

Every Teardrop is a Waterfall já rende assunto nas redes sociais e, pelo visto, já é um sucesso, sendo muito bem aceita pelo público. A música já está disponível no iTunes, exceto para quem for da terra da Rainha, onde só estará disponível no próximo dia 5.

O lançamento também marca o início da turnê europeia, em Nuremberg, Alemanha, que durará até julho, seguindo para Japão, Oceania e Estados Unidos.

Fiquem com o novo single do Coldplay, Every Teardrop is a Waterfall e deixem comentário do que acharam da música.


Ah, e em breve, um texto sobre os discos mais aguardados de 2011 (vai ter Foo Fighters, R.E.M., Strokes...), de autoria do meu caro amigo Thiago José, aqui no Caixa da Memória!