sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Até Breve!

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Bem, o ano novo tá chegando e com ele toda aquela expectativa de que coisas melhores virão. O que vi, nesta última semana, foi uma intensa manifestação nas redes sociais com coisas do tipo "xô, 2010". Não sei o porquê de tantas pessoas estarem reclamando deste ano, mas com certeza elas tem seus motivos. Quanto a mim, posso dizer que 2010 foi um ano mezzo a mezzo. Teve coisas muito ruins, incluindo decisões difíceis que tive que tomar e das quais, mesmo não me arrependendo, ainda sofro com o resultado. Mas também teve coisas bem legais: foi o ano que estagiei pela primeira vez na área de jornalismo - já estou no segundo estágio e, apesar do cansaço, estou curtindo. Meu namoro vai de vento em popa, cada vez mais gostando dos momentinhos gostosos com minha namorada linda - até anel de compromisso a gente começou a usar, chique, hein? :D

Foi um ano de carnaval tranquilo, de descobertas musicais interessantes (Do Amor, Tulipa Ruiz, Bárbara Eugênia, Emilie Simon, Baiano e Os Novos Caetanos, Orquestra Contemporânea de Olinda, Jace Everett, Móveis Coloniais de Acajú, Janelle Monaè), de poucos mas em sua maioria bons filmes (A Rede Social, Tron Legacy, Harry Potter e As Relíquias da Morte, Shrek Para Sempre, Tropa de Elite 2, RED - Aposentados e Perigosos, Beleza Roubada - eu só assisti esse ano, tá?), de shows marcantes (Los Hermanos, Cranberries, Mombojó, Céu), de voltar a comprar mangás (MÄR e Buso Renkin, além de séries curtas e de renovar coleções paradas), de muitos livros que ficarão de ser lidos em 2011...

Foi um ano também de choque, de sentir-se perdido, de revirar minhas defesas. Na faculdade, um ano não muito legal. Os dois últimos períodos foram sacais, um desperdício em boa parte das cadeiras. E agora, a tensão de que 2011 será o fim do curso, o TCC começa a aperrear o juízo, o mestrado que tanto quero começa a latejar na cabeça... 

2010 foi muita coisa. Não posso dizer que foi ruim, seria injusto com os dias que foram bons (tô roubando essa frase de um contato meu do Twitter, mas não lembro agora quem foi pra "creditar", hehe). Que 2011 seja um ano melhor pra todos, pra quem achou 2010 bom ou ruim.

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS NÓS!!!

Caixa da Memória Reloaded

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2011 já está a berrar do lado de fora, pedindo pra entrar em nossas vidas, e como todo ano novo, ele prescinde novidades. No mês que vem, o Caixa da Memória completa um ano, o que é um orgulho pra mim. Comecei esse blog super empolgado, escolhi até uma data meio cabalística pra inaugurá-lo (11/01/10), mas sem computador em casa e sem acesso fácil a internet, atualizar o blog virou uma tarefa ingrata e por pouco o Caixa não entrou pra lista dos blogs abandonados. Basta ver que, no primeiro semestre, foram apenas 10 posts (não houve postagens em março e de abril a junho, o movimento era de um post/mês...). A coisa mudou a partir de julho, com o computador novo, que me permitiu escrever os textos com mais tranquilidade. Postar, só nos intervalos do estágio ou na casa da namorada. Então, chegou a GVT no meu bairro, aí já viu, né? Já foi outro pique, embora eu tenha deixado de postar muita coisa que eu queria por preguiça ou cansaço mesmo - o novo estágio que arrumei em agosto é bem mais puxado e mesmo sendo mais perto, tenho que dormir cedo pra não perder a hora.

Em 2011, além de querer escrever mais e melhor no meu blog, também apresentarei algumas novidades. Serão seções periódicas temáticas, tipo colunas. Por enquanto, estão programadas 6 delas, com periodicidades diferentes, o que vai permitir não só uma atualização mais regular de conteúdo, como também vai me exigir uma organização maior, o que procuro justamente para melhorar este blog. O que posso adiantar é o seguinte: uma delas será um resgate de material pessoal, uma delas será de um hobby que muito aprecio embora tenha tido poucas oportunidades de praticar nos últimos anos e uma delas terá colaboração externa (a qual vou dar um puxão mais forte de orelha para que deixe de enrolação e aceite a proposta de uma vez :D). As outras três, só vou dizer que tratarão de mídia. 

Fico por aqui, aguardando mais visitas de vocês em 2011. Até lá!

- x - x - x -

Hum... que sabe eu também troque o layout? Se bem que esse que está é tão legal... Dúvida cruel essa.

"And Then, One Day... I Got In!"

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Tron Legacy chega após 28 anos de espera e mostra que não é somente  um filme com efeitos especiais de última geração, além de possuir uma das melhores trilhas sonoras dos últimos tempos.




Acho que nunca esperei tanto por um filme como Tron Legacy (desculpem-me os puristas, mas me acostumei tanto a chamar pelo nome original desde o primeiro teaser que simplesmente não consigo chamar Tron - O Legado). Quando li as primeiras notícias "valendo" a respeito do filme, fiquei elétrico. Eu precisava ver Tron Legacy! Era algo muito mais forte que o simples apelo do novo. Havia uma carga emocional maior do que o normal. Tron (1982) fez parte da minha infância. A continuação de Tron era, de uma forma estranha, a continuação de minha infância e o ritual de passagem para algo maior.

"Um mundo dentro do computador onde o homem nunca esteve.
Até agora."
Pode parecer exagero (talvez seja) colocar tanta carga sobre um filme anunciado como o blockbuster de verão (inverno - muito severo - para os gringos acima do Equador), o filme que fecha 2010 e inaugura a temporada 2011 dos filmões norte-americanos. Mas Tron Legacy é, de fato, a extensão de algo muito íntimo a uma geração que cresceu em tempos sem internet, sem celular, sem 3D e sem "rock" colorido.


   


O mesozóico Tron foi um dos primeiros filmes a abusar da computação gráfica, numa época em que interface gráfica ainda era uma lenda e programadores/designers tinham que digitar milhares (às vezes, milhões) de linhas de código para produzir alguns poucos minutos de imagens. Um filme como Toy Story, por exemplo, levaria uma vida para ser feito. Imagine ter que calcular cada posicionamento de cenário em 3D, somando ainda volume e textura dos objetos, sem poder visualizar tais elementos desde a sua construção... CG era algo trabalhoso em 1982...






Mas Tron saiu - com menos de 10 minutos de cenas totalmente computadorizadas, mas saiu - com uma inovação visual que não foi bem recebida pelo público, apesar de ser reconhecida pela importância técnica para o cinema que viria depois. Tron abriu as portas para um cinema de imagens virtuais em interação com o real, de fato. Coisas como Avatar deveriam agradecer a filmes como Tron por terem visto a luz do dia.



Para os padrões de hoje, o filme é arcaico e esdrúxulo, totalmente kitsch no seu colorido berrante e cenários que lembram videogame. Mesmo tendo sido "esquecido", como alguns gostam de afirmar, Tron resistiu no imaginário pop por quase três décadas - e no final, é isso que conta para que algo entre para a história do cinema, não?

Pois bem, essa permanência permitiu que Tron Legacy fosse concebido. Só que diferentemente do primeiro, cuja temática e estética foram avançados demais para o seu tempo - o medo das inteligências artificiais só seria mainstream anos mais tarde - a versão 2.0 veio com uma campanha publicitária massiva, através de redes sociais, vídeos em eventos como a Comic Con e no YouTube e prequels em duas hqs e um game. Não havia como evitar imergir no universo de Tron Legacy.


A Grade: digital, árida, intensa
A história é simples, mas cativante. Kevin Flynn (Jeff Bridges), personagem principal do primeiro filme,  desaparece misteriosamente. Seu filho, Sam (Garret Hedlund), ainda uma criança, cresce sem o pai e cansado de buscas infrutíferas, se torna um jovem temerário, hacker por excelência e herdeiro de algumas ações do império Encom, a empresa de informática em que seu pai trabalhava. Numa dada noite, após uma peraltice eletrônica, ele recebe a visita de um velho amigo de seu pai, Alan Bradley (Bruce Boxleitner), dizendo que recebeu uma mensagem de Kevin, originada do velho fliperama de onde o velho Flynn conduzia suas pesquisas, em segredo (aliás, não há cena mais retrô no filme que a cena do fliperama!). O porém é: a mensagem veio de um terminal desconectado há 20 anos. Está pronta a isca. Para Sam e para o espectador.


Atenção na música que toca na cena do arcade...
#retrôfeelings
Daí pra frente, a viagem nos efeitos visuais é total. Nada que se compare a criação do mundo dos Na'vi de Avatar, mas ainda assim um mundo árido, digital, intenso, na cara quem está na sala de cinema, chamado de A Grade (The Grid). Vamos junto com Sam, abismados com a existência de todas aquelas coisas que até então eram um segredo, um sonho na melhor das hipóteses. Então era naquilo que o pai trabalhava antes de desaparecer?

As syrens, preparando Sam para as...

... discwars!
Sam é jogado sem paraquedas num game que lembra as arenas de Roma – só que numa versão hiper high-tech. É onde ele encontra Rinzler, o Darth Maul de Tron, com diferença que tem mais carisma e, principalmente, importância na história. E será também onde ele vai conhecer CLU, o grande vilão do filme, um tipo de avatar criado por seu pai no primeiro Tron. CLU se rebelou contra seu criador e se transforma num Hitler dos bytes, controlando todos os programas da Grade com um ferrenho objetivo: eliminar toda e qualquer imperfeição do sistema. Só que CLU tem uma pretensão ainda mais audaciosa: ele quer passar para o mundo real, para eliminar a humanidade, a imperfeição máxima na sua programação deturpada.


CLU e Sam
Para isso, CLU precisa encontrar seu criador e tomar seu disco de dados – mistura de arma, alma e memória dos usuários e programas dentro da Grade – que é a chave para abrir o Portal, um canal de dados entre a Grade e o mundo real que, por consumir muita energia, só ficará aberto por mais algumas horas e só pode ser aberto pelo lado de fora. Para Sam, é a única forma de voltar.

Fechando o inimigo na curva...
... e strike! (os restos da moto laranja lá atrás)
Após algumas batalhas, que revivem o clima videogame, só que num nível muito mais evoluído, do filme anterior (as lightcycles ficaram simplesmente arrasadoras!), Sam é salvo por Quorra (Olivia Wilde, a 13 de House M.D., lindíssima), um programa que sabe onde está o pai dele e que despreza CLU e seus seguidores.


Quorra: chamando Mayana Moura pra ver quem tem o melhor cabelo de playmobil
(Olivia Wilde ganha essa fácil!)
Família - O encontro entre Sam e Kevin tem momentos de filosofia zen e da frieza que a distância pode causar nos relacionamentos. É onde começa o ponto de virada na trama. Kevin, já um senhor, transformado num monge zen exilado de seu mundo e de sua própria criação, revela como se deu a traição de CLU e os motivos de ter ficado preso à Grade. No meio disse, estão envolvidos os ISOs, uma forma de vida totalmente nova, DNA digital, e que teria potencial para revolucionar nosso mundo.


Kevin Flynn: zen é com ele
Com a típica rebeldia dos jovens, Sam parte sozinho para tentar salvar o pai, indo ao encontro de um programa no mínimo... excêntrico. Trata-se de Zuse (Michael Sheen, o Toby Blair de "A Rainha"), capaz de levar qualquer um a qualquer lugar, e que habita uma boate desse mundo virtual, local onde a dupla Daft Punk, responsável pela trilha sonora, faz uma breve aparição e onde rola uma das lutas mais legais, especialmente no momento em que Kevin resolve intervir... Para piorar, fodão Rinzler rouba o disco dele e agora a ameaça de CLU invadir nosso mundo é perigosamente real.


Zuse: um Ziggy Stardust da Grade
Tron Legacy passa a ser uma corrida contra o tempo: chegar ao Portal antes de CLU e tomar-lhe o disco, possibilitando que pai e filho possam voltar para casa, levando Quorra de brinde. Seguem-se diálogos de puro envolvimento emocional e contraste entre épocas (“Wi-fi, hein? Eu havia imaginado isso em 1985!”), assim como cenas de teor político de amarga nostalgia – como não lembrar dos totalitarismos históricos quando ficamos sabendo como CLU reúne seu exército, cada vez maior, e no seu discurso inflamado de ódio contra os usuários, a imperfeição maior de todas, e o destino dos programas como legítimos senhores da realidade?

A ação na parte final é intensa, com lutas bem sincronizadas e com as lightjets, a evolução das lightcycles. Sério, é puro delírio nerd ver um combate aéreo misturado com o rastro de fatal de energia sólida. É lightcycle literalmente em três dimensões!


Lightjets = cool!
O desfecho é apoteótico, futurístico, emocionante. Sim, Tron Legacy é emocionante. Não precisa discutir toda a complexidade da filosofia zen budista citada no filme nem fazer tratados sobre ciências políticas ou ainda dar uma de gênios como Asimov e Gibson, fazendo previsões acertadas sobre a evolução tecnológica, para emocionar. Às vezes uma história simples, ainda por cima aliadas a grandes efeitos especiais, é capaz de emocionar e muito. Até porque a beleza está nas coisas mais simples – coisa que só se aprende depois de velho mesmo.

Um pouco de lag – fechando esta resenha com a já tradicional “lavagem de roupa suja”, Tron Legacy tem poucos furos de roteiro, ainda assim perdoáveis, e interpretações na medida. Mesmo o novato Garret Hedlund (Quatro Irmãos, Eragon, Troia) cumpre bem a demanda de carregar o legado. Jeff Bridges dá show até calado (impressionante como depois de velho o cara tá arrasando). Outro brinde para os fãs é Bruce Boxleitner, revivendo seu personagem do filme original. Acho que só Olivia Wilde ficou meio offline. Sua Quorra tem momentos bobinhos (a piada de Júlio Verne é ótima) assim como momentos mais sérios, mas ela flutua tanto entre eles que não dá para formar uma personalidade realmente marcante da personagem, ficando seu carisma mais a cargo de sua beleza.

Quanto a CLU, já não é novidade que o personagem é intrepretado por Bridges, mas com uma máscara digital, que o faz ter o mesmo rosto de quando era um jovem galã de filmes de ação/aventura. A intenção era que CLU, como programa, não envelheceu, logo não poderia demonstrar as marcas do tempo que inevitavelmente apareceram no rosto de Bridges. A técnica ainda não chegou à perfeição, uma vez que a fluidez dos músculos faciais ainda é notadamente artificial, mas já faz suficiente milagre – destaque para a cena do discurso inflamado diante dos programas-soldado.

Bridges e o capacete que capturou suas expressões faciais...
Tá bom, então, né?

Os maiores parabéns ficam para a equipe de direção de arte e de CG do filme. Os designers devem ter babado horrores durante a maior parte de Tron Legacy, seja no figurino, nos veículos ou nos cenários. Tudo remetendo ao filme original, mas sem os exageros berrantes daquela paleta de cores (acho que a galera tava on drugs quando aprovou e realizou aquele visual... :D). O filme tem um tom sombrio, realçado pelas geometrias bem marcadas em todos os objetos do filme.

Deuses, quase ia esquecendo! O high ultra mega level parabéns do filme vai pro Daft Punk, que conseguiu a proeza de criar a melhor trilha sonora que já vi em muito tempo! Sério, nunca vi uma trilha que casasse tão bem com a imagem que está na tela. Não são à toa as boas críticas ao duo da electro music, que já fez hits fodásticos como One More Time (lembra de Interstella 5555?), Around The World (uma das coreografias mais escrotas já vistas num videoclipe) e Technologic (simplesmente arrasadora). Recomendo muitíssimo pra quem quiser um pouco de música eletrônica na vida, mas não tem paciência pra uma rave de 79 horas. :D

Tron Legacy
NOTA: 9.0/10

Extras:


-Videoclipes de Derezzed, da trilha sonora de Tron, by Daft Punk

Versão 1 (com cenas do filme)

Versão 2 (original - ótimo mix entre o visual de Tron 1 e 2)


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Quanto mais eu rezo...

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O Twitter, assim como outras ferramentas da internet, tem resultados tanto positivos como negativos para a sociedade. Um dos negativos é a proliferação de pensamentos preconceituosos, às vezes até com perfis pessoais (essa prática é mais comum com perfis fakes). Foi o caso de Mayara Petruso e sua manifestação contra os nordestinos. Na época, a figura defendia que era um favor a São Paulo matar um nordestino afogado por dia. E tome ataques, de ambos os lados dessa "contenda", mostrando que o Brasil ainda tem muito que andar para resolver suas diferenças regionais. Agora, o "novo" alvo são os homossexuais. Trata-se de um perfil fake, teoricamente de um sujeito que se diz policial federal, cujo endereço no miniblog é @contraGAYS. Sim, desse jeito mesmo, bem descarado.

A "apresentação" do sujeito já é bastante esclarecedora, não?
O referido perfil faz ataques especial aos homossexuais, com clássicos do tipo "todo gay tem AIDS" e coisas dignas de um Arquivo X, como "os gays querem mandar no país". Bem, é um resumo bem grande que estou fazendo aqui. Melhor mostrar alguma das pérolas pra vocês terem ideia...

"Eu fecho os meus olhos, e vejo um mundo sem gays. Por um mundo melhor, vamos eliminar todos os gays..."

"Esses playboys e patricinhas baladeiras, que todos eles apodreçam de AIDS, é um favor ao mundo..."

"A policia e o MP tem coisa melhor para fazer, e se não, deveriam ter. Suas denuncias não resultarão em nada, homofobia não é crime..."

"A mulher sai na rua com uma calça arregada no cu, mostrando a barriga, agindo feito vadia, e não quer ser chamada de vagabunda..."

"Adoro essas ninfetas alternativas de 16 anos, meio góticas, me fazem ficar de pau duro."

"A maioria que me denuncia é mulher, sabe porque, porque quer minha atenção. Mulheres são como cachorros..."

"Viado fala o que pensa e quando leva lampadada no meio da testa, é 'vítima'... continuem assim que vão acabar levando bala.."

"Homossexuais não irão me afastar de DEUS, se tentarem, para eles tenho a espada, uma TAURUS .45 ACP (obs: tipo de pistola). Para os infiéis, a espada..."

"Homofobia é coisa de macho, todo homem verdadeiro é homofóbico. (...)"

"Eu represento a voz do povo, que está sendo censurada por esta esquerda politicamente correta. O povo, como eu, DESPREZA OS GAYS."


"A culpa do homossexualismo é das mulheres, nem o trabalho biológico delas estas vadias conseguem fazer."

"As mulheres são macias porque Deus fez elas assim, ou seja, elas foram feitas para apanhar."

"A mulher feminista é normalmente bissexual, e os bissexuais estão infectados com a AIDS."

"O objetivo dos homossexuais é roubar o seu direito de criar seus filhos, doutrinando-os na pederastia. Os gays não vão parar até conseguir."

"A maioria dos pedófilos ou é gay ou foi molestada por um gay. Resumindo, homossexualismo anda de mãos dadas com pedofilia."

Como se pode ver, o (pseudo)cidadão ofende não apenas homossexuais, instigando inclusive atos de violência, como também ofende mulheres e ainda instiga pedofilia. Isso tudo vem de um sujeito que se diz "Pela moral e família", como está no seu bio do Twitter...

E o sacana ainda tem mais de 15 mil seguidores... Isso é Brasil...
(print screen tirado às 01:50 de 29/12/10)
Não dá nem pra dizer que é algum tipo de brincadeira, de humor negro, pois não é. Mesmo que as frases fossem postadas na intenção de ser uma "brincadeira", o conteúdo já é suficientemente ofensivo para continuar publicado. O que entristece é ver que esse perfil tem mais de 15 mil seguidores, que ainda retuítam boa parte das barbaridades ditas pelo "corajoso" dono desse perfil. Em vários momentos, ele defende o direito de livre expressão. Ok, se defende isso como algo justo e tal, por que não dá as caras? Não é tão garantido por ser da PF, então por que não se mostra de uma vez? Se ele pensa que está tão bem apoiado, esquece o fato inevitável - caso ele se revelasse - de que a PF daria as costas a um membro da corporação que defendesse uma posição anti-democrática como a homofobia.

(Tá, Wesley, fica calmo, esse canalha não deve ter mais que quinze anos, se achando a bala que matou Kennedy ao vomitar toda essa bazófia no Twitter...)

Enfim, fake ou não, uma atitude como essa já é digna de punição pela lei. Para denunciar, basta seguir os seguintes passos:

-Entrar no site da Policia Federal (http://denuncia.pf.gov.br/)

-clicar em Crimes de ódio

-Preencher o campo Página da internet com o endereço: http://twitter.com/contragays (não esquecer o http://, ok?)

-Comentários extras são opcionais. Você pode colocar logo abaixo do endereço. (recomendo comentar)

Divulguem isto nas suas redes sociais, blogs, enfim, para que estes e outros exemplos de preconceito desapareçam de uma vez por todas, não só com a extinção dos perfis/sites mas também com as devidas punições para os responsáveis por tais atos.

Sem mais.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Herói Nerd?

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Com seis indicações ao Globo de Ouro, filme de David Fincher sobre o "CEO, bitch!" do Facebook tem tudo para ser o melhor filme do ano.




Em 2004, surgia no Brasil uma mania da internet que já vinha dominando o mundo, o Orkut. O site, de layout roxo bebê, vinha com uma proposta nova (?) de interação digital, batizada de rede social. O conceito era simples: dividir informações, experiências e conteúdos com pessoas, a princípio, do seu círculo social e, a medida que sua rede vai crescendo, conhecer mais pessoas, que darão continuidade (assim como você) ao ciclo de compartilhamento. Simples, não? É bem mais no que se refere a experiência prática no assunto. Mas em 2004, redes sociais eram a esfinge que guardava o futuro das relações na internet. Todo mundo entendia o conceito rapidinho, mas ninguém era capaz de prever até onde aquele troço podia chegar.


Zuckerberg na capa da Time e Saverin na real: os pais do Facebook
Naquele mesmo ano, surgiu também aquela que seria a principal concorrente do Orkut e, mais para frente, o sinônimo de rede social no mundo inteiro: o Facebook. A criação de um jovem nerd de Harvard revolucionou o mundo digital, as relações interpessoais, a noção de privacidade, o marketing... Enfim, mexeu com as estruturas pré-estabelecidas. Mark Zuckerberg, o pai do Facebook, chega em 2010 com alguns bilhões no bolso, ganha a capa da Time de dezembro como o homem mais influente do ano e ainda tem uma cinebiografia que conquistou o mundo pela sua qualidade fílmica. Sua história - ou melhor, a do Facebook - é contada em A Rede Social, um dos filmes mais aguardados desta temporada e que, sem dúvidas, figurará na maioria dos top 10 deste ano.

David Fincher, diretor desta pérola, tem no currículo outros clássicos como Seven e Clube da Luta (tá, ele também tem a tosqueira O Curioso Caso de Benjamim Button...). Em A Rede Social, ele dá show, mas convenhamos, sem grande trabalho. O roteiro é cativante desde as primeiras cenas e vai conduzindo o espectador a uma viagem irreversível a um mundo de intrigas, onde amizade não vale nada e apenas o milhão - seja de usuários, seja de dólares - é o que importa. O elenco também ajudou Fincher demais.



Saverin (Andrew Garfield) e Zuckerberg (Jesse Eisenberg): doidos pra pegar geral!
Jesse Eisenberg incorpora muito bem o típico nerd de computação, antissocial, meio freak, hiperfocado e louco pra se dar bem com meninas. Acrescente a isso arrogância e ambição desproporcionais ao estereótipo e teremos um monstrinho chamado Zuckerberg. Do outro lado da briga*, Andrew Garfield (que já apareceu por aqui em outro post, com um visual beeem diferente) vive Eduardo Saverin, brasileiro que foi coleguinha de Zuckerberg em Havard, ajudou a criar o Facebook e depois rompeu a sociedade por pilantragens no seu controle acionário. Garfield faz um típico brazuca rico sem cair no escracho e nem na tétrade simbólogica brasileira futebol+samba+mulata+marginalidade. Ele prefere uma noitada regada à cerveja na companhia de alguma gatinha do que perder a noite com algoritmos e mais algoritmos (mas ainda assim, um estudante exemplar). Até mesmo o almofadinha do Justin Timberlake, ex-membro de boy band e cantor pop de sucesso, mostrou um talento inesperado para interpretar outra figura famosa do reino dos bits e bytes, o tal Sean Parker, co-criador do Napster, site que tirou onda com a indústria fonográfica em meados de 1999, ao permitir troca gratuita de músicas entre usuários.


Sean Parker na real: feio que dói; Timberlake pra ele já foi um honra
Bem, falei de roteiro, de elenco... Mas teve uma coisa em A Rede Social que eu simplesmente não achei que seria tão marcante: trilha sonora. Tá certo que eu já fui na expectativa de algo interessante, pois sabia que o a trilha era assinada por Trent Reznor, do Nine Inch Nails, em parceria com Atticus Ross, que trabalhou nos últimos quatro álbuns da banda. Só podia dar coisa boa. Mas nunca, nem a pau, imaginava que a trilha ficaria tão do caralho massa como ficou!
Sério, o clima dark da trilha combina demais com o do filme, sempre num tom de cinza (meio caindo pro preto, vá lá), cheio de intriga, de desconfiança e de ambiguidade. O engraçado é que a mesma trilha de Reznor e Ross ficaria perfeita num filme de ficção científica pelo seu estilão cyberpunk, mas cabe como uma luva em A Rede Social -  também pudera, quer algo mais cyberpunk do que um filme contando a origem de uma das redes sociais de maior sucesso no mundo???


Do Lado Negro da força Zuckerberg está?
Nerd Exemplar (?) - o filme, teoricamente, é sobre o Facebook, mas a estrela fica com Zuckerberg, fato. Ele não é o milionário mais jovem do mundo à toa. O problema talvez seja que Zuckerberg não chega bem a ser um herói. Ele trapaceia, passa por cima de decisões com o sócio, faz o que dá na telha pela sua criação... No fim da contas, nem pra anti-herói o desgraçado serve. Ao menos o anti-herói faria coisas boas, de forma duvidosa. Ele não: tudo que fez foi para ganho próprio, para ver seu tão polêmico site na estratosfera da internet. O filme ainda deixa no ar suspeitas de jogadas ainda piores do senhor homem do ano da Time, que não vou contar pra não tirar a graça de quem ainda não assistiu. Herói nerd? Hum... Nerd sim. O resto, fica a critério do espectador...


Fator Adaptação - A Rede Social, apesar de todos os méritos, não podia ser perfeito. É baseado na livro Bilionários por Acaso - A Criação do Facebook, que infelizmente não contém uma fala de Zuckerberg - ele teria se negado a conceder entrevista ao autor Ben Mezrich. Saverin foi uma das fontes mais importantes do livro, e ficar só com a visão de um lado da história é algo complicado. O filme se contamina com isso e mostra um Zuck facilmente odiável, enquanto Saverin é um tolo que confiava demais no (ex-)amigo. Além disso, algumas escolhas na condução do roteiro foram esquisitas e arriscadas. A cena de abertura, por exemplo: Jesse Einsenberg fala aos borbotões, um legítimo locutor de rádio, trocando de assunto a cada três, quatro frases, e se referindo, seja por termos ou temática, a coisas que pertencem a cultura acadêmica dos EUA (quem já ouviu falar de final clubs, levanta o braço aí...). A conversa com a namorada que termina em desastre é coisa de dar nó na cabeça! Poucos minutos depois, quando Zuck está amargando o fim do namoro criando o FaceSmash, a semente arruaceira do Facebook, vemos uma série de termos de computação, numa avalanche tão grande que, a menos que o espectador seja estudante de Computação, não vai absorver metade do que foi dito. Ainda bem que, com o passar da fita, esses detalhes não se repetem com a mesma intesidade.



Zuck seguindo (maus) conselhos...
Logout - Tirando essas picuinhas, A Rede Social é um filmaço. Tem seis indicações ao Globo de Ouro (filme de drama, ator (Jesse Eisenberg), roteiro (Aaron Sorkin), diretor, ator coadjuvante (Andrew Garfield) e trilha original) e tudo indica que vá receber indicações também para o Oscar. Para um filme relativamente simples, A Rede Social bem que rendeu... Só no final de semana de estreia, nos EUA, arrecadou quase U$22,5 milhões. Quem diria que um filme sobre um nerd e sua vingancinha contra a ex faria tanto sucesso.


EXTRAS
-Confira o depoimento de Eduardo Saverin sobre o filme
-Realidade x Ficção: as verdades de A Rede Social


A Rede Social
NOTA: 9,5/10


- x - x - x -


*A gota d'água, segundo o filme, foi porque Zuckerberg teria diluído as ações de Saverin para redistribuí-las entre os outros acionistas, dentre os quais Sean Parker, aquele do Napster. Saverin, que antes da manobra tinha 30 e poucos porcento do controle do Facebook, foi rebaixado a 0,031%. Bacana, né?


-Meus comentários se baseiam mais no filme do que na vida real. Por isso, se você for um daqueles que sabe TODOS os detalhes da vida de Zuckerberg, Saverin e outras figuras envolvidas na criação/desenvolvimento do Facebook, favor, não me encher o saco com coisas do tipo "ei, mas isso que você falou não é verdade", ok? Thanks.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Natal em tempos de 140 caracteres

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Tem rolado uns vídeos da Google, mostrando eventos importantes segundo a ótica digital da internet. O mais recente mostra como seria o Natal com todas as revoluções das redes sociais, compras pela internet e tecnologias portáteis. Como diz no fim, "os tempos mudam, o sentimento continua o mesmo".

Desfrutem desse ótimo vídeo, produzido pela Excentric. 


Mágico até o fim

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Sétimo filme de Harry Potter dá início ao fim de mais de 10 anos de aventuras do bruxo adolescente mais famoso do mundo.




No início, havia apenas um garotinho com uma cicatriz, personagem de um livro meio infantil de capa bobinha, criado por uma professora de inglês à beira da falência. Hoje, 13 anos depois, uma legião de fãs, muitos milhões de dólares na conta daquela professora e um marco na cultura pop. Esse seria um curto resumo do foi (e ainda é) o fenômeno Harry Potter, o bruxo mais querido da literatura.


Harry Potter (ou HP para os íntimos) foi criado por J.K. Rowling, professora de inglês que, aos 32 anos, desenhou um novo universo de fantasia contemporânea, que inspiraria outros sucessos posteriores - como exemplo mais recente, temos os cinco volumes de Percy Jackson, do escritor Rick Riordan - e conquistou uma legião de fãs com uma história que começou simples, bobinha mesmo, e que foi se adensando e se tornando cada vez mais detalhada, com planos tão bem armados que duvido que ela tenha chegado ao último volume sem ter pensado nas soluções da trama uns 4 anos antes de escrevê-las.


Capa do sétimo livro de HP
Deixando o sucesso literário meio de lado, já que não é sobre os livros que vamos tratar aqui, desde de 19 de novembro que nós, brasileiros, podemos curtir Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1, o início do fim da história de HP. Depois de seis filmes de produção milionária, o que foi responsável por boa parte do sucesso da franquia, temos o último volume da saga dividido em duas partes. Decisão muito sábia da produção, uma vez que, além de lucrarem mais e por um tempo mais dilatado em relação aos livros (o volume 7 foi lançado em 2007 e desde então, tem-se feito tudo para sugar dinheiro da obra de J.K. Rowling), ainda garante uma melhor transposição para as telonas, já que não há desculpa para um livro espremido num roteiro menor. Com os dois filmes de as Relíquias da Morte, a Warner Bros agradou fãs e investidores, ou seja, um ótimo negócio.


Sim, eles estão beeem crescidinhos. E pensar que você os viu  molecotes, não?
Bem, o que dizer de um filme que metade do planeta já deve ter assistido? (isso que dá uma sobrecarga no estágio e o cansaço acumulado... termino sem atualizar este blog decentemente...) O filme é lindo, como todos da franquia, com todos os cuidados possíveis nos cenários, figurinos, efeitos, e, principalmente, roteiro. Harry Potter está lá, na reta final de sua saga tão tortuosa, e não decepciona nem um pouco. Nem a atuação chinfrim de Daniel Radcliffe - me desculpem os fãs mais ardorosos, mas ele é um ator bem ruinzinho. Melhorou muito desde pivete, mas ainda ruim - não consegue detonar o filme. Rupert Grint, o Rony Weasley, está bem sumido nesse filme, graças a uma boa passagem no livro em que seu personagem se separa do grupo. Algo legal, e nisso concordo com o Rodrigo Carreiro do Cine Reporter, pois ele, como "centro de humor" da trama, ficaria deslocado no clima tão sombrio que permeia o longa.


Três filmes atrás e esse sangue todo nem entraria!
Já Emma Watson continua uma gracinha, com certeza uma aposta para o futuro, mas que, na minha opinião, parece ter levado o papel "nas coxas" - sabe aquele tom de "é a última vez que vou interpretar esta personagem irritante, que me impediu de mexer no meu visual durante quase dez anos, agora vou fazer de qualquer jeito"? Não que eu não goste de Hermione, ou que ache Emma uma atriz ruim, longe disso (pra mim, dos três, ela é que leva mais jeito pra coisa), mas ela não está com o mesmo gás dos outros filmes. Bem, talvez seja só impressão minha. Ou talvez ela realmente não estivesse mais aguentando a personagem... (a foto abaixo é um tanto reveladora)


Emma Watson e seu visual anti-Hermione
O que achei mais legal nesse sétimo-porém-não-último HP é que a história ficou tão bem amarradinha ao longo do filme que você não desgruda o olhar da tela em momento algum, sua atenção fica (e deve ficar mesmo) pregada no filme, senão a viagem terá sido feita pela metade. E um filme de HP em que se viaja apenas pela metade é um desperdício... O final deixa um gostinho de quero mais que eu não tinha desde Senhor dos Aneis, embora ache que foi um pouquinho de nada brusco. Tudo bem, melhor ter mais um filme de HP do que dar adeus a saga já de agora. Afinal, por mais que o time de detratores de Harry Potter seja grande - eu mesmo fazia parte desse time até criar coragem para ler A Pedra Filosofal e seguir adiante - temos que considerar que muita gente - muita mesmo - cresceu lendo/assistindo HP, encantados com elementos de fantasia que, mesmo que não totalmente originais, eram tão bem reestruturados e narrados de forma tão cativante que não havia como fugir do seu apelo. E o melhor, isso repercutia, levando esse leitores a buscar novas obras, e os espectadores a buscar os livros e assim o círculo continuava. Por mais que alguém odeie J.K. Rowling e sua maior criação, tem-se que admitir a sua contribuição para a cultura pop atual.

Mas que...? Só assistindo pra entender...
Varinha quebrada - alguns cenas soaram algo como "por que raios fizeram isso?", como por exemplo a cena em que a horcrux do medalhão é aberta e Rony é atormentado por uma ilusão, não havia nada no livro sobre uma cena (bem discreta, por sinal) de nudez entre Harry e Hermione. Em outro momento, quando Rony está sumido e Harry e Hermione estão já um pouco cansados das viagens, Harry toma Hermione pelas mãos e eles começam a dançar, no maior clima de paquera! Sério, foi no mínimo, troncho! Outra coisa que também incomodou é que, devido ao excesso de autoreferências e personagens envolvidos no último livro, muitos do elenco fazem aparições relâmpago que parece até descuido de roteirista/diretor, mas é algo perdoável, pelos motivos já explicados.


Se você ainda não viu o filme - e olhe que ainda tem muitas salas disponíveis para isso - fica a dica: se não leu o livro, vai ficar boiando mais que a média. É que Relíquias da Morte parece que foi desenhado para fãs, daqueles bem secões, que sabem decoradas todas as páginas da saga. É legal pela questão de amarrar a história, mas é péssimo se você pensa nos não fãs que ficarão perdidos se quiserem arriscar o filme. Whatever.


Agora, é esperar pelo mês de julho do ano que vem, quando será a estreia de As Relíquias da Morte - Parte 2, que dará, então, o desfecho a mais de dez anos de aventuras de Harry Potter e seus amigos. E prometo que vou postar esse filme no tempo certo, tá combinado?


Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 1
NOTA: 8.0/10



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Deve haver um 'capitão' em algum lugar por aí"

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E tem mesmo! Saiu o primeiro trailer de Piratas do Caribe 4 - Navegando em Águas Misteriosas. A nova aventura do pirata mais cool dos últimos tempos está prevista para maio do ano que vem no Brasil. A grande novidade do elenco é Penélope Cruz, que agora, com esse trailer, já começou a me convencer. Será que veremos Jack Sparrow cair nas graças de uma moçoila pirata desta vez? Velhos personagens estão de volta, como Barbosa (interpretado magistralmente por Geoffrey Rush). O "vilão" (dá pra dizer que tem um só vilão em Piratas do Caribe???) é Barbanegra, o "pirata temido por todos os piratas", como o trailer diz. O ator que vai vestir o personagem é Ian McShane, que tem no currículo filmes como Corrida Mortal, Shrek Terceiro, Os Seis  Signos da Luz, Caso 39 e Aprendiz de Feiticeiro. Numa rápida pesquisa, vi que o cara deve ser mais famoso pelo seu trabalho na tv, seja em filmes ou séries.

Mas vamos deixar de enrolação! Vocês vieram aqui pra sentir o gostinho da nova empreitada pirata de Jack Sparrow? Então tomem!






Fonte: Jovem Nerd


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Caio vai enfartar com isso, eu sei!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Post - do outro lado do blog [isso bem que poderia ser um filme de Leslie Nielsen, não acham?]

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No último dia 28, o cinema perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas, especialmente para a minha geração: o canadense Leslie William Nielsen. O mestre de tantas paródias hollywoodianas não resistiu a uma pneumonia que o havia deixado internado por 12 dias. Segundo o sobrinho, Doug Nielsen, ele morreu tranquilamente, dormindo, aos 84 anos.

Deixando o choro de lado - afinal, tenho certeza que se Leslie quisesse que chorássemos, que fosse de rir - e já que este meu humilde recanto internético se chama Caixa da Memória, vamos lembrar um pouco da carreira desse ator cuja cara de pau nos fez rir durante tantos anos.

1980 - Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu!



Sátira descarada a uma franquia de grande sucesso na década de 70 (Airport) e considerada a virada na carreira de Nielsen no cinema de comédia. Como esquecer cenas como a do avião rasgando as nuvens ao som do tema de Tubarão, ou da sessão de tapas para tentar acalmar a mulher histérica? Ou ainda aquela em que o avião invade o saguão do aeroporto só porque um daqueles fiscais de pista apontou pro lado errado, e aquela do boneco inflável substituindo o piloto? Como tantas outras comédias dos anos 80, foi reprisada à exaustão na Sessão da Tarde. Pena que não passe mais - pelo menos em horários normais - e nem seja tão fácil de achar numa locadora. 

1988 - Corra que a Polícia Vem Aí!



Esse já esculhambava com todos os típicos filmes de ação policial - cujo maiores exemplos, à época, eram Máquina Mortífera e Duro de Matar (que depois deixou um pouco de lado a coisa do "policial" nas suas sequências). Leslie era o impagável Frank Drebin, um policial exemplar, mas que dava altas mancadas em cerimônias diplomáticas (coitada de Elizabeth II...) e que era um garanhão conquistador (que o diga Priscilla Presley, filha do rei do rock, Elvis). O filme fez tanto sucesso que originou duas sequências, já hilárias nos títulos: Corra que a Polícia Vem Aí! 2 e ½ (1991) e Corra que a Polícia Vem Aí 33e ⅓ - O Insulto Final (1994).

1990 - A Repossuída




Paródia do clássico O Exorcista. Lembro de ter assistido esse aqui, mas por algum motivo, não me marcou tanto. Talvez porque na época eu me borrava de medo do Exorcista. Mas lembro que o filme era legal, com umas piadas tremendamente infames. Afinal, o que esperar de Leslie Nielsen fazendo o papel de um padre, hein?

1993 - Surfistas Ninja




Acho que isso podia não fazer parte do currículo de Nielsen... História nojentinha, elenco ruim e Leslie num papel nem tão engraçado assim. Se não fossem a mesma Sessão da Tarde que o consagrou aqui no Brasil, provavelmente esse filme nem seria lembrado...

1995 - Drácula - Morto Mas Feliz




Esse sim valia a pena assistir! Depois do grandioso sucesso de Dracula de Bram Stoker (e com a carreira precisando de uma oxigenada), Leslie veio com tudo ironizando a pompa e o mistério envolvidos na imagem do vampiro mais famoso de todos os tempos. Ainda por cima, foi dirigido por Mel Brooks, que ainda atua no filme no papel do maior inimigo de Drácula, o doutor Van Helsing. Algumas cenas bem legais incluíam o sangaréu quando se enfiava uma estaca num vampiro e a própria sombra de Drácula, que muitas vezes discordava do seu dono.

1996 - Duro de Espiar




A sátira de Drácula rendeu bons frutos a Leslie Nielsen. Tanto que voltou a uma boa fase, relembrado pela indústria do cinema. Aqui, a graça era feita em cima de filmes ao estilo 007, embora, na minha opinião, tenha ficado muito parecido com o maior sucesso de sua carreira, a série "Corra que a Polícia Vem Aí!". Isso foi um ponto negativo pro filme, mais ainda vale umas risadas.

1997 - Mr. Magoo




Leslie encarnou o famoso personagem dos quadrinhos, o velhinho milionário mais cego desse mundo. Não assisti esse filme, mas lembro que não fez muito sucesso. De fato, foi logo esquecido. Eu mesmo inclui aqui nessa lista só por ter sido uma adaptação de um personagem famoso de outra mídia. E caramba, é Leslie Nielsen fazendo um papel cínico, como só ele sabia fazer!


2003 - Todo Mundo em Pânico 3




A série Todo Mundo em Pânico já é mais que famosa, embora não necessariamente tenha qualidade. O primeiro foi legal, o segundo foi um lixo de tão baixo nível. O terceiro, no entanto, me rendeu ótimas risadas e acho que, até agora, foi o melhor da série. Não se prendeu ao excesso de baixarias e ainda conseguiu amarrar boa parte dos filmes de sucesso da época, ao custo de perder de vez o foco em satirizar filmes de terror (até Matrix entrou na roda nesse filme!). Aqui, Leslie viveu o presidente Harris, uma chacota declarada a George W. Bush e sua estupidez. A única coisa chata a respeito de Leslie nesse filme é perceber que a idade já estava mais do que pesando em suas costas...


2006 - Todo Mundo em Pânico 4




Caiu em qualidade comparado ao anterior, mas graça a deus seguiu a linha de não afundar na baixaria. Claro, tem umas piadas de mau gosto aqui e ali, mas é algo quase inevitável nesse tipo de filme. Mas uma vez Leslie é o presidente Harris, porém ainda mais apagado e visivelmente mais afetado pela idade.


2008 - Super-Herói - O Filme




Não assisti ainda. Na verdade, nem tenho muita vontade. Nem lembrava que Leslie estava no elenco desse filme. Fica o registro puramente por ser o último filme "grande" dele que chegou por aqui.


201? - The Waterman Movie




Animação de baixo orçamento para a qual Leslie já havia gravado as vozes. Com a sua morte, veio também a revelação de que, para ser finalizado, o pessoal responsável pelo filme está batendo cuia na feira atrás de $$. O diretor garantiu que as pessoas que doarem grana para o filme serão citadas nos créditos de "Agradecimentos Especiais". Uma estratégia bem #vaiquecola.




Vale lembrar que a filmografia dele é extensa pra cacete! Basta uma olhada no imdb.com pra entender. Listei aqui só as comédias, mas Leslie atuou também em dramas, ficção científica e outras coisinhas mas. Mas foi na comédia, como vimos, que ele marcou presença no imaginário cinematográfico de pelo menos duas gerações. Com sua morte, o ato de rir no cinema perdeu um pouco a força.


Prováveis herdeiros
Bem, como sempre ocorre quando uma estrela bate as botas, fica aquela boa e velha questão: quem será o novo XXXX? No caso de Nielsen, acho que os mais prováveis candidatos a assumir a lacuna que ele deixou são os seguintes:


Steve Carell




Ele já provou talento de sobra e em pouco tempo. Estourou com o Virgem de 40 Anos, emocionou em Pequena Miss Sunshine como o tio depressivo da garotinha sonhadora e ainda encarnou um personagem famoso da década de 60, o Agente 86. Com seu cinismo in extremis, o bom humor inteligente e atuação competente, Carell tem tudo para ser um dos grandes comediantes do cinema americano, assim como foi Leslie Nielsen.


Zach Galifianakis




Esse aqui pode parecer uma escolha estranha, já que faz um estilo bem diferente de Nielsen. Mas o cara é um greia, como se diz! Não vou me alongar muito falando a respeito desse malucão que ainda cheira a novidade em Hollywood. Acho que meu camarada Caio já fez esse trabalho no seu Caio em Coluna (ver o post "Galifianakis").


Steve Martin




Vocês devem estar franzindo as sobrancelhas neste exato momento. "Comassim? O cara não é um pouco velho pra isso?". Calma. Com o adeus de Leslie Nielsen, o ator que mais facilmente ocupa a vaga deixada por ele, pelo menos a curto prazo, é este texano de 65 anos, tão importante para a comédia quanto o homenageado deste post. Steve Martin tem um charme em cada um de seus personagens, um carisma difícil de imitar e seus filmes tem o toque interessante de não ser apenas mais uma comédia. Pelo menos pra mim, enquanto os dois candidatos acima não tomarem de vez o reino, Martin é quem manda no pedaço.




Fontes: IMDb, G1, e muitas outras...


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R.I.P.
Leslie Nielsen
* 11/02/1926
†  28/11/2010


:'(