Uma janela bastou para matar-lhe o banzo.
Ali, pequena, em seu microcosmo, ela surgia
Estela em vestes brancas, esvoaçantes,
ainda mais misteriosa e interessante
Ele sorriu sozinho, tal menino pequeno,
ao ver o sorriso dela, lindo como sempre,
enchendo seu coração de boas lembranças
A única coisa que ainda o chateava,
naquela noite fria de outono,
era o fato de que ali, alçada na janela,
Estela ainda permanecia tão longe...
Não diria-lhe palavras doces e quentes em seus ouvidos...
Não se aqueceriam, recostando-lhe ao seu corpo...
Não satisfaria o desejo imenso de tê-la...
Mais perto...
Mais perto...
Mais perto...
Ah, se ao menos fosse mais sagaz
(ou mais louco)
já teria declarado seu amor em fogo a ela!
Não seriam apenas molduras de sonho,
prospectos de gozo enluarados...
Teria consigo a celeste fêmea
por quem viveria e morreria,
Aquela que sempre lhe conduziu os sonhos
Mas não era louco. Muito menos sagaz.
Estava condenado a observar de longe
a estrela pousada na janela
Desejando Estela eternamente...
Mais perto...
Mais perto...
Mais perto...
Receptáculo de pensamentos. Baú de tesouros. Fotogramas provando que um dia estive aqui.
terça-feira, 24 de maio de 2011
[Psicotrópicas] Estela na Janela
Wesley Prado é recifense, leonino, quase jornalista e nostálgico. Lembra da queda do Muro de Berlin. Simplesmente louco por quadrinhos, RPG, livros e cinema. Criador do Caixa da Memória, mas humilde demais para querer ser chamado de deus ou papai. Ultimamente, com saudade de sorrir.
Postado por
Wesley Prado
às
20:25
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