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Primeiro, a explicação: este post é uma retratação de uma velha dívida para com três alunos do curso de cinema da UFPE. Há cerca de um ano, entrei em contato com eles graças a um vídeo que fizeram para uma disciplina do curso e que divulgaram no Facebook. Cheguei a fazer algumas perguntas para os três a respeito do vídeo (calma, caixeiros, vocês logo saberão do que se trata), uma entrevista via email, dadas as dificuldades da minha agenda (curso, estágio, vida pessoal, etc). Recebi repostas bem completas de dois deles - a terceira pessoa já tinha lido e concordado com o já dito pelos colegas e disse que não tinha mais acréscimos a fazer, que já estava tudo bem explicadinho.
Bem, acontece que as coisas nem sempre saem do jeito que a gente quer... Já tive um monte de ideias de postagens para o blog que simplesmente não vingaram, por n motivos. Este foi um deles. Recentemente, a ideia de colocar para frente este post voltou, mas ainda não conseguia dar uma forma a ele. #bloqueiomentaléfoda
Anteontem, ao visitar o Facebook, percebo na minha timeline que muita gente estava compartilhando o tal vídeo e me senti um tremendo idiota por não ter feito, meses antes, o que eu tinha me comprometido, para mim mesmo e para os três, a fazer. E me decidi que já era hora de "ou vai ou racha!" para esse post. Espero que Alan, Larissa e Amanda possam perdoar esse blogueiro fuleiro.
Simples e muito bacana, o vídeo "Análise da trilha sonora de Super Mario World" (que você confere no fim do post ou clicando no link) é o resultado de um trabalho acadêmico de três alunos do curso de Cinema da UFPE. O vídeo, de quase 10 minutos, além da simplicidade, prima pela análise bem trabalhada e pelo bom humor intrínseco, coisa que não poderia falta num trabalho sobre Super Mario!
Alan Tonello, Amanda Beça e Larissa Cavalcanti são estudantes do curso de Cinema desde 2009. O trabalho foi realizado durante a disciplina Música e Trilha Sonora, ministrada pelo professor Felipe Trotta. Apesar de ofertada para Cinema, a disciplina abrangeu muito além da trilha sonora para audiovisual, com uma pequena introdução teórica de música. Só depois que veio a análise propriamente dita de trilhas sonoras (não só no cinema, mas também em publicidade, canções, jingles, etc).
Como já explicado no início deste post, entrei em contato com os três a respeito do vídeo. Larissa e Alan foram bastante solícitos nas respostas. (Obs: como Amanda teve acesso às mensagens através de seus colegas, ela respondeu que eles já tinham esclarecido todos os pontos necessários; portanto, nada de pensar mal da menina, hein, galera?).
Confiram abaixo o resultado dessa conversa.
Caixa da Memória - De onde veio a ideia de analisar a trilha de Super Mario?
Larissa Cavalcanti Bem, nosso professor nos solicitou a análise de qualquer produto audiovisual e me veio logo na cabeça fazer sobre Super Mario World, já que sou viciada no jogo desde criança e adoro a trilha sonora. Chamei Amanda e Alan e eles toparam na hora, já que os dois, e toda uma geração, gostam do jogo. Outra coisa que nos motivou, depois de começar a pesquisar, foi notar que não existe (ao menos não encontramos) um vídeo sobre esse assunto na internet, e que isso interessaria a várias pessoas.
Alan Tonelo Foi uma forma de resgatar essa nostalgia e, ao mesmo tempo, colocar em prática as teorias que aprendemos na disciplina em cima de algo que gostamos, o que faz com que a pesquisa e a análise flua de forma leve, sem aquelas pressões que geralmente são causadas pelos trabalhos de faculdade.
CdM Algum de vocês tem formação musical?
Alan Particularmente, tenho algum envolvimento com música. Meu pai, além de servidor público, canta, tendo participado de algumas óperas e peças musicais aqui em Recife. Minha mãe é professora de canto coral e teoria musical no Conservatório Pernambucano de Música. Esses fatos fizeram com que eu me aventurasse alguns anos no aprendizado de instrumentos e tivesse aulas de música no Conservatório, apesar de não ter seguido esta carreira. Sei que Amanda já teve aulas de música, mas é melhor que ela mesma responda isso...
Larissa Estudei 7 anos no Colégio de Aplicação da UFPE, onde tive aula de teoria musical, história da música, flauta doce, coral, violão, pandeiro e alfaia. Estou longe de ter um profundo conhecimento musical, mas tenho mais facilidade do que as pessoas que não tiveram esse tipo de aula. Além disso, Felipe Trotta nos apresentou alguns conceitos e nos introduziu em algumas teorias de análise musical, como a de Philip Tagg. Também nos mostrou e discutiu vários vídeos de Tagg e dele mesmo, que serviram de inspiração para a concepção do vídeo (a forma como o conteúdo é apresentado, as piadinhas).
CdM Quanto tempo de pesquisa foi necessário? E para realizar/editar o vídeo?
Alan Para pesquisar e realizar o vídeo, tomamos duas semanas. A primeira e a metade da segunda foi para a pesquisa. Varremos a internet, de todas as formas, procurando tudo que pudesse ser útil para nosso trabalho e que pudesse despertar o interesse de quem fosse vê-lo. Achamos pouca coisa relativa à uma análise técnica em si da trilha sonora do jogo e, quando achávamos algo um pouco mais desenvolvido, era sobre o Super Mario Bros., jogo anterior ao Super Mario World. Consultamos também alguns livros de teoria musical e nossas anotações das aulas da disciplina, às vezes também recorrendo a uma ajudinha da minha mãe. (: Entretanto, nos detivemos a uma análise mais simples, já que nosso público não é de estudantes de música (tampouco somos nós), sempre explicando o que pudesse ser mais complicado -- é importante dizer que nossa pesquisa também nos trouxe um aprendizado enorme, fazendo com que nosso interesse pelo assunto só aumentasse (mesmo tendo que ouvir o tema principal do Mario milhões de vezes... rs). Para a edição, tomamos de dois a três dias. Chegamos a virar uma noite (nos empolgamos bastante) para ajeitar alguns detalhes que deixassem o vídeo um pouco mais divertido e menos parecido com uma aula, o que fez com que a assimilação do assunto fosse mais fácil.
CdM Que técnicas vocês utilizaram para obter as imagens do jogo e para transformá-las em vídeo?
Larissa As imagens foram obtidas em diferentes vídeos do YouTube. Utilizamos um plugin (gratuito) do Firefox, o Video Download Helper para extrair os vídeos. Importante frisar que a edição foi feita tecnicamente por mim, pois só eu sabia utilizar o editor de vídeo (Sony Vegas), mas que, de fato, foi uma edição coletiva, de 6 mãos, pois editamos em todos os momentos juntos, compartilhando ideias e tirando dúvidas.
Só acrescentado que no vídeo não há todas as músicas e efeitos sonoros por falta de tempo; não tínhamos tempo hábil para dar conta de todas as músicas de Mario, são muitas! Mas ficamos feliz com a repercussão do vídeo e que vários nerds (como eu, hehe) estão aprendendo e entendendo mais do jogo e um dos porquês de Super Mario World ser o que é.
Alan Em todos os vídeos que baixamos -- e foram muitos -- tínhamos que assisti-los completamente, separando todos os momentos que poderiam ser úteis para cada explicação de música (uma decupagem mesmo), ou pontuação sonora do jogo e tomando nota de tudo. Além dos vídeos, usamos também algumas imagens e fontes (tipologias) que se assemelhassem às dos jogos em 8 ou 16-bits, para criar uma aproximação entre o trabalho e o mundo lúdico do jogo.
Primeiro, a explicação: este post é uma retratação de uma velha dívida para com três alunos do curso de cinema da UFPE. Há cerca de um ano, entrei em contato com eles graças a um vídeo que fizeram para uma disciplina do curso e que divulgaram no Facebook. Cheguei a fazer algumas perguntas para os três a respeito do vídeo (calma, caixeiros, vocês logo saberão do que se trata), uma entrevista via email, dadas as dificuldades da minha agenda (curso, estágio, vida pessoal, etc). Recebi repostas bem completas de dois deles - a terceira pessoa já tinha lido e concordado com o já dito pelos colegas e disse que não tinha mais acréscimos a fazer, que já estava tudo bem explicadinho.
Bem, acontece que as coisas nem sempre saem do jeito que a gente quer... Já tive um monte de ideias de postagens para o blog que simplesmente não vingaram, por n motivos. Este foi um deles. Recentemente, a ideia de colocar para frente este post voltou, mas ainda não conseguia dar uma forma a ele. #bloqueiomentaléfoda
Anteontem, ao visitar o Facebook, percebo na minha timeline que muita gente estava compartilhando o tal vídeo e me senti um tremendo idiota por não ter feito, meses antes, o que eu tinha me comprometido, para mim mesmo e para os três, a fazer. E me decidi que já era hora de "ou vai ou racha!" para esse post. Espero que Alan, Larissa e Amanda possam perdoar esse blogueiro fuleiro.
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Simples e muito bacana, o vídeo "Análise da trilha sonora de Super Mario World" (que você confere no fim do post ou clicando no link) é o resultado de um trabalho acadêmico de três alunos do curso de Cinema da UFPE. O vídeo, de quase 10 minutos, além da simplicidade, prima pela análise bem trabalhada e pelo bom humor intrínseco, coisa que não poderia falta num trabalho sobre Super Mario!
Alan Tonello, Amanda Beça e Larissa Cavalcanti são estudantes do curso de Cinema desde 2009. O trabalho foi realizado durante a disciplina Música e Trilha Sonora, ministrada pelo professor Felipe Trotta. Apesar de ofertada para Cinema, a disciplina abrangeu muito além da trilha sonora para audiovisual, com uma pequena introdução teórica de música. Só depois que veio a análise propriamente dita de trilhas sonoras (não só no cinema, mas também em publicidade, canções, jingles, etc).
Como já explicado no início deste post, entrei em contato com os três a respeito do vídeo. Larissa e Alan foram bastante solícitos nas respostas. (Obs: como Amanda teve acesso às mensagens através de seus colegas, ela respondeu que eles já tinham esclarecido todos os pontos necessários; portanto, nada de pensar mal da menina, hein, galera?).
Confiram abaixo o resultado dessa conversa.
Caixa da Memória - De onde veio a ideia de analisar a trilha de Super Mario?
Larissa Cavalcanti Bem, nosso professor nos solicitou a análise de qualquer produto audiovisual e me veio logo na cabeça fazer sobre Super Mario World, já que sou viciada no jogo desde criança e adoro a trilha sonora. Chamei Amanda e Alan e eles toparam na hora, já que os dois, e toda uma geração, gostam do jogo. Outra coisa que nos motivou, depois de começar a pesquisar, foi notar que não existe (ao menos não encontramos) um vídeo sobre esse assunto na internet, e que isso interessaria a várias pessoas.
Alan Tonelo Foi uma forma de resgatar essa nostalgia e, ao mesmo tempo, colocar em prática as teorias que aprendemos na disciplina em cima de algo que gostamos, o que faz com que a pesquisa e a análise flua de forma leve, sem aquelas pressões que geralmente são causadas pelos trabalhos de faculdade.
CdM Algum de vocês tem formação musical?
Alan Particularmente, tenho algum envolvimento com música. Meu pai, além de servidor público, canta, tendo participado de algumas óperas e peças musicais aqui em Recife. Minha mãe é professora de canto coral e teoria musical no Conservatório Pernambucano de Música. Esses fatos fizeram com que eu me aventurasse alguns anos no aprendizado de instrumentos e tivesse aulas de música no Conservatório, apesar de não ter seguido esta carreira. Sei que Amanda já teve aulas de música, mas é melhor que ela mesma responda isso...
Larissa Estudei 7 anos no Colégio de Aplicação da UFPE, onde tive aula de teoria musical, história da música, flauta doce, coral, violão, pandeiro e alfaia. Estou longe de ter um profundo conhecimento musical, mas tenho mais facilidade do que as pessoas que não tiveram esse tipo de aula. Além disso, Felipe Trotta nos apresentou alguns conceitos e nos introduziu em algumas teorias de análise musical, como a de Philip Tagg. Também nos mostrou e discutiu vários vídeos de Tagg e dele mesmo, que serviram de inspiração para a concepção do vídeo (a forma como o conteúdo é apresentado, as piadinhas).
CdM Quanto tempo de pesquisa foi necessário? E para realizar/editar o vídeo?
Alan Para pesquisar e realizar o vídeo, tomamos duas semanas. A primeira e a metade da segunda foi para a pesquisa. Varremos a internet, de todas as formas, procurando tudo que pudesse ser útil para nosso trabalho e que pudesse despertar o interesse de quem fosse vê-lo. Achamos pouca coisa relativa à uma análise técnica em si da trilha sonora do jogo e, quando achávamos algo um pouco mais desenvolvido, era sobre o Super Mario Bros., jogo anterior ao Super Mario World. Consultamos também alguns livros de teoria musical e nossas anotações das aulas da disciplina, às vezes também recorrendo a uma ajudinha da minha mãe. (: Entretanto, nos detivemos a uma análise mais simples, já que nosso público não é de estudantes de música (tampouco somos nós), sempre explicando o que pudesse ser mais complicado -- é importante dizer que nossa pesquisa também nos trouxe um aprendizado enorme, fazendo com que nosso interesse pelo assunto só aumentasse (mesmo tendo que ouvir o tema principal do Mario milhões de vezes... rs). Para a edição, tomamos de dois a três dias. Chegamos a virar uma noite (nos empolgamos bastante) para ajeitar alguns detalhes que deixassem o vídeo um pouco mais divertido e menos parecido com uma aula, o que fez com que a assimilação do assunto fosse mais fácil.
CdM Que técnicas vocês utilizaram para obter as imagens do jogo e para transformá-las em vídeo?
Larissa As imagens foram obtidas em diferentes vídeos do YouTube. Utilizamos um plugin (gratuito) do Firefox, o Video Download Helper para extrair os vídeos. Importante frisar que a edição foi feita tecnicamente por mim, pois só eu sabia utilizar o editor de vídeo (Sony Vegas), mas que, de fato, foi uma edição coletiva, de 6 mãos, pois editamos em todos os momentos juntos, compartilhando ideias e tirando dúvidas.
Só acrescentado que no vídeo não há todas as músicas e efeitos sonoros por falta de tempo; não tínhamos tempo hábil para dar conta de todas as músicas de Mario, são muitas! Mas ficamos feliz com a repercussão do vídeo e que vários nerds (como eu, hehe) estão aprendendo e entendendo mais do jogo e um dos porquês de Super Mario World ser o que é.
Alan Em todos os vídeos que baixamos -- e foram muitos -- tínhamos que assisti-los completamente, separando todos os momentos que poderiam ser úteis para cada explicação de música (uma decupagem mesmo), ou pontuação sonora do jogo e tomando nota de tudo. Além dos vídeos, usamos também algumas imagens e fontes (tipologias) que se assemelhassem às dos jogos em 8 ou 16-bits, para criar uma aproximação entre o trabalho e o mundo lúdico do jogo.
Parabéns aos alunos! Esse vídeo é apenas um exemplo do grande potencial que temos e que o curso de Cinema não foi um investimento hype como alguns devem ter pensado quando da sua implantação.
Bom jogo!... Quero dizer, bom filme!
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