Não é de hoje que a indústria cultural enfrenta a pirataria com todas as suas forças. O cinema viu no 3D uma oportunidade ao mesmo tempo oferecer um entretenimento diferenciado ao público, como também a uma estratégia de defesa aos piratas (como a projeção sai tremida devido às necessidades técnicas do 3D, a cópia nas salas de cinema torna-se inviável). A música já dá o braço a torcer (pero no mucho) e tenta maneiras alternativas de negociar música sem perder tanto dinheiro - assim como os artistas já não veem com a mesma urgência a disponibilização pelos meios tradicionais e, muitas vezes, liberam suas músicas gratuitamente (como a banda Eddie e Lirinha, recentemente).
No mercado dos games, não é diferente. Atire a primeira pedra quem nunca alugou/comprou um game pirata, especialmente depois do PS One? Estratégias como banimento do servidor oficial ou acesso limitado ao conteúdo tem sido comuns. Mas nada, nada pode ser comparado à estratégia tremedamente criativa (e um tanto infame) da produtora Croteam. No game Serious Sam 3: BFE, há um sistema anti-pirataria imbátivel: quando identificada uma cópia pirata, o próprio game aciona um inimigo que persegue o jogador. A criatura lembra um escorpião mutante macabro, que além de ser rápida, perseguir o jogador onde quer que vá e possuir metralhadoras nos braços, ainda por cima é imortal! Qualquer esforço do jogador para destruir esse inimigo é simplesmente inútil, tornando a vida do pirata um inferno. Ele simplesmente não consegue mais jogar por conta desse monstro. O vídeo abaixo dá uma ideia do quanto é a coisa é casca grossa.
Agora imagina se a moda pega?
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Wesley Prado é recifense, leonino, quase jornalista e nostálgico. Lembra da queda do Muro de Berlin. Simplesmente louco por quadrinhos, RPG, livros e cinema. Criador do Caixa da Memória, mas humilde demais para querer ser chamado de deus ou papai.
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