Texto publicado na coluna Agito do caderno Programa, Folha de Pernambuco, dia 20/10/11
Thiago Soares
colunaagito@gmail.com
Numa época em que se dissemina a prática de ações “verdes” e sustentáveis, um evento que ocupa a praia e deixa rastros de lixo. Num momento em que o assunto da mobilidade (ou “falta de mobilidade”) é pauta de todas as ações governamentais, um evento que “interrompe” vias públicas e cria “gargalos” no trânsito. Numa época de campanhas em prol do silêncio, de não fazer barulho em ônibus e afins, um evento que obriga moradores, em suas casas, a ouvir axé music no mais alto dos decibéis. Num momento de franca decadência do mercado de micaretas e da configuração de shows de axé no esquema “indoor” (como já aconteceu no Chevrolet Hall - e com sucesso), qual a necessidade de um evento como o PE Folia, o Carnaval fora de época que aconteceu, final de semana passado, em Piedade? Vamos a mais fatos, digamos, questionadores da sua existência: 1. polícia proíbe entrada de pessoas portando garrafas de vidro, mas frequentadores atiram latinhas de cerveja vazia no meio do público; 2. pessoas bêbadas caídas no chão, mas nenhum “posto médico” próximo para prestar socorro; 3. artistas como Compadre Washington (do É o Tchan) reclamam publicamente, em alto e bom som, nos microfones de seus trios, que estão sendo “alvo” de latinhas de cerveja; 4. falta cerveja no camarote da marca de bebida patrocinadora do evento, clientes indignados fazem “saques” na área vip; 5. Cláudia Leitte (foto) tem que dar ré no seu trio elétrico por conta de brigas; 6. Alinne Rosa, da banda Cheiro de Amor, também “chiou” com a desordem na “pipoca” e foi outra que teve seu percurso encurtado; 7. Carlinhos Brown e Timbalada tendo que parar o show para, novamente, pedir paz em torno dos trios. Enfim, atraso, desorganização e muitas reclamações. A pergunta parece mais oportuna: pra que um evento como o PE Folia?
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Agradecimentos a Thiago Soares, o @thikos, pela atenção nos contatos via Twitter. Pense num jornalista bacana, meu velho! :)
Thiago Soares
colunaagito@gmail.com
Numa época em que se dissemina a prática de ações “verdes” e sustentáveis, um evento que ocupa a praia e deixa rastros de lixo. Num momento em que o assunto da mobilidade (ou “falta de mobilidade”) é pauta de todas as ações governamentais, um evento que “interrompe” vias públicas e cria “gargalos” no trânsito. Numa época de campanhas em prol do silêncio, de não fazer barulho em ônibus e afins, um evento que obriga moradores, em suas casas, a ouvir axé music no mais alto dos decibéis. Num momento de franca decadência do mercado de micaretas e da configuração de shows de axé no esquema “indoor” (como já aconteceu no Chevrolet Hall - e com sucesso), qual a necessidade de um evento como o PE Folia, o Carnaval fora de época que aconteceu, final de semana passado, em Piedade? Vamos a mais fatos, digamos, questionadores da sua existência: 1. polícia proíbe entrada de pessoas portando garrafas de vidro, mas frequentadores atiram latinhas de cerveja vazia no meio do público; 2. pessoas bêbadas caídas no chão, mas nenhum “posto médico” próximo para prestar socorro; 3. artistas como Compadre Washington (do É o Tchan) reclamam publicamente, em alto e bom som, nos microfones de seus trios, que estão sendo “alvo” de latinhas de cerveja; 4. falta cerveja no camarote da marca de bebida patrocinadora do evento, clientes indignados fazem “saques” na área vip; 5. Cláudia Leitte (foto) tem que dar ré no seu trio elétrico por conta de brigas; 6. Alinne Rosa, da banda Cheiro de Amor, também “chiou” com a desordem na “pipoca” e foi outra que teve seu percurso encurtado; 7. Carlinhos Brown e Timbalada tendo que parar o show para, novamente, pedir paz em torno dos trios. Enfim, atraso, desorganização e muitas reclamações. A pergunta parece mais oportuna: pra que um evento como o PE Folia?
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Agradecimentos a Thiago Soares, o @thikos, pela atenção nos contatos via Twitter. Pense num jornalista bacana, meu velho! :)
Um comentário:
Que beleza de texto, né?
Simples e objetivo.
E sinceramente, qual era a magia esperada? Uma volta do Recifolia?
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