Quem tava sentindo inveja dos protestos na Inglaterra que quebraram as ruas há alguns meses(e sempre tem um que diz "por que não foi aqui?") está se sentindo realizado que os brasileiros, os nossos estudantes de nível superior no Brasil, também sabem protestar. Os estudantes da USP ocuparam na última semana alguns edifícios e depois a reitoria porque estavam contra a parceria da Universidade de São Paulo e a Polícia Militar que prendeu três alunos por estarem por porte de maconha nas dependências da universidade.
"Que absurdo isso", dizem os estudantes, pois nenhum é ladrão, bandido ou deve ser punido. Lutam eles pela liberdade de fumar o seu baseado tranquilamente dentro da universidade, uma instituição pública e com regras. Se isso vai atrair tráfico para o estabelecimento, "nada haver", não é? Se vai ter estudante traficante e deixando de estudar, pensa depois. Se vai ter aluno fumando maconha no corredor da universidade, isso também é coisa para pensar depois.
Conversa vai e vem, apenas ocupar o prédio das ciências humanas (sem piadinhas, ok?) não chamou tanto a atenção, então partiu-se para ocupar a reitoria, que aí sim faz alarde e chama jornalista. E realmente deu um show a tal ocupação! Acho que nem Bangu 1 quando estourou deu tanto policial, hein? Faltou o BOPE, mas como foi em Sampa teve que ir o Choque mesmo para dar pouco de terror a quem tava lá dentro. E teve tiro de bala de borracha, bombas de efeito moral, algemas e um tal de 72 presos em uma delegacia que comporta apenas 40, com imagens aéreas de um ônibus carregado de estudantes algemados.
Na televisão, um estudante gritando: "eles foram homofóbicos e nos trataram super mau". Como? Pergunta-se esta humilde escritora, uma vez que nem deu tempo de ninguém falar. "Nós não somos ladrões nem bandidos", disse outro. Bom, não parece muito nas imagens, que fizeram a felicidade dos fotojornalistas com estudantes com capuz em frente ao Batalhão de Choque. Teve cadeira quebrada, prédio pichado na parede e sem vítimas. Confira abaixo:
Foto da AE
Foto da AE
Reitoria destruída após a ocupação. Foto de Edson Lopes Junior, do Portal Terra
Lidianne Andrade é uma Pernambucana casada com o jornalismo, de caso com a fotografia e com amantes bem presentes, as séries de televisão. Ando de mãos dadas com as artes plásticas e dou uns beijos no webjornalismo, mas nada muito sério.
2 comentários:
Continue casada com o jornalismo em pernambuco e pare de se alienar ao q eh escrito na Veja e dito na Globo, olhe a capa da revista veja q falava sobre os estudantes durante a ditadura: http://migre.me/6808K
Informe-se melhor sobre oq vai escrever pq acredito q um jornalista tenha um compromisso com a verdade nao com as falácias da rede Globo.
"Lidianne Andrade é uma Pernambucana casada com o jornalismo, de caso com a fotografia e com amantes bem presentes, as séries de televisão. Ando de mãos dadas com as artes plásticas e dou uns beijos no webjornalismo, mas nada muito sério."
Realmente, seu casamento com o jornalismo deve estar com sério problemas, visivelmente causados pela imprensa marrom e com o partidarismo da Globo e da Veja, veículos que rotulavam os estudantes que lutaram contra a ditadura de terroristas, capa que o amigo que postou antes de mim já mostrou.
Coloca como título "protesto dos estudantes da USP em imagens" e posta TRÊS fotos depois de um texto tendencioso, parcial e mal-informado.
Deveria MESMO se informar mais. Sabia que o reitor da USP, o "Rodas", "foi" pró-ditadura e se mostrou assim em diversos casos, entre eles um bem famoso, de Zuzu Angel, que até virou filme. Sabia que a polícia estava oprimindo casais gays no campus?
Informe-se, e salve seu casamento com o jornalismo.
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